Orientações ao Prescritor
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Os neonatos sintomáticos devem receber tratamento de suporte até que haja queda da resistência vascular pulmonar, o que habitualmente melhora o quadro clínico;
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O tratamento medicamentoso depende da clínica e da gravidade do paciente.
Dieta e Hidratação
1. Dieta zero.
2.
Hidratação venosa
c
om restrição hídrica 60-80 mL/kg/dia EV:
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Neonatos:
Adicionar sódio (2 mEq/kg/dia), potássio (1 mEq/kg/dia) e cálcio (100-200 mg/kg/dia) a partir do 2
o
dia de vida.
Tratamento Farmacológico
Escolha um dos esquemas a seguir ou associe-os conforme a necessidade clínica.
Esquema A: C
ianose muito importante e/ou atresia grave da válvula pulmonar:
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Alprostradil
(P
rostaglandina E)
(500 microgramas/mL) dose inicial de 0,05-0,1 micrograma/kg/minuto EV em infusão contínua; dose de manutenção: 0,01-0,4 micrograma/kg/minuto:
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Atua mantendo o canal arterial aberto, preservando, assim,
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o fluxo pulmonar.
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Esquema B:
Insuficiência cardíaca grave com repercussão hemodinâmica:
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Milrinona
(1 mg/mL) 0,25-0,75 micrograma/kg/minuto EV em infusão contínua.
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Esquema C: Sintomáticos se congestão/ edema:
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Furosemida
(10 mg/mL) posologia dependente da idade gestacional, conforme descrito a seguir:
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< 31 semanas de idade gestacional:
0,05-0,2 mL/kg/dose (0,5-2 mg/kg/dose) EV de 24/24 horas;
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> 31 semanas de idade gestacional:
0,05-0,2 mL/kg/dose (0,5-2 mg/kg/dose) EV de 12/12 ou 24/24 horas.
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Profiláticos e Sintomáticos
Devem ser evitados nos RNs, atendo-se ao tratamento farmacológico.
Procedimentos
1.
Tratamento cirúrgico:
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O reparo cirúrgico está indicado para crianças e adultos com insuficiência cardíaca sintomática, redução da capacidade de fazer exercícios e disfunção progressiva do ventrículo direito;
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A cirurgia é evitada no período neonatal em razão da gravidade e do alto risco de mortalidade:
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Em neonatos criticamente doentes e sem melhora com as medidas de suporte, é possível realizar alguns procedimentos paliativos, conforme a anatomia do defeito;
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Entre os procedimentos está incluso o
shunt
Blalock-Taussig, com ampliação da CIA (nos casos em que há obstrução VSVD) e posterior cirurgia de Fontan, além da cirurgia de Glenn nos casos de cianose importante (opção);
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O reparo cirúrgico dependerá da anatomia do defeito cardíaco, sendo avaliado caso a caso:
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Em pacientes com tamanho de VD adequado, costuma-se realizar correção biventricular (reparo da válvula tricúspide e fechamento completo ou parcial do defeito do septo atrial);
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Quando o tamanho do VD é inadequado, realiza-se cirurgia univentricular, com Fontan em etapas;
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Em pacientes com arritmias, deve-se realizar ablação cirúrgica da via acessória na cirurgia.