Demonstração de interesse ativo pelas queixas do paciente e disposição para ajudá-lo contribuem para o alívio dos sintomas;
As crises muitas vezes cessam espontaneamente em 10-30 minutos;
A indicação de uso de benzodiazepínicos deve ser cautelosa, uma vez que essa classe de medicamentos está relacionada com potencial de abuso, dependência, abstinência e sintomas cognitivos;
Sua indicação deve ser pontual, pelo menor período de tempo possível e sob supervisão.
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Lembrar-se de traçar um plano terapêutico para tratar a doença de base que possa estar associada (ex.: transtorno do pânico
);
É desejável conversar sobre a situação com familiares ou outros cuidadores potenciais, respeitando o sigilo das informações.
Tratamento Farmacológico
1.
Benzodiazepínicos
(avaliação cautelosa):
Escolha uma das opções:
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Clonazepam
(geralmente disponível no SUS) gotas (2,5 mg/mL) VO 5-10 gotas em dose única;
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Clonazepam
(geralmente disponível no SUS) (0,5 mg/comprimido ou 2 mg/comprimido) VO 0,25-0,5 mg em dose única;
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Diazepam
(geralmente disponível no SUS) (5 mg/comprimido ou 10 mg/comprimido) VO 2-10 mg VO em dose única;
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Alprazolam
(0,25 mg/comprimido ou 0,5 mg/comprimido) 0,25-2 mg VO em dose única;
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Lorazepam
(1 mg/comprimido ou 2 mg/comprimido, comprimidos sulcados) 0,5-1 mg VO em dose única.
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Tratamento Não Farmacológico
Tranquilizar o paciente quanto a que os sintomas são causados pela crise de ansiedade, e não por uma condição clínica grave ou com risco de morte, e, ao mesmo tempo, demonstrar empatia e compreensão de que a crise é realmente muito intensa e desagradável.
Questionar sobre situações e fatores de estresse relacionados com o aparecimento dos sintomas e se o paciente percebe ligação entre seu estado emocional e as queixas relatadas, validando sensações reais e reforçando que não são meras invenções.
Orientar que esse tipo de crise é comum e ocorre com muitas pessoas.
Reforçar que a crise é passageira, durando entre 10 e 30 minutos.
Instruir a controlar a frequência inspiratória e respirar pelo nariz, e não pela boca.
Em pacientes com sintomas de predominância relacionados com a hiperventilação, pode-se utilizar a respiração diafragmática, instruindo-o a respirar com o diafragma e limitar a utilização da musculatura intercostal.
Técnicas de relaxamento, como respiração lenta e profunda, de olhos fechados, imaginando-se em um local tranquilo, tentando relaxar os diferentes músculos do corpo, são eficientes. Um exemplo de técnica é a
mindfullness
(atenção plena no presente).