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Citomegalovirose Congênita

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Prescrição Hospitalar

Orientações ao Prescritor

    Recomendações:
  • O início e o seguimento do tratamento devem ser acompanhados por infectologista pediátrico; [cms-watermark]
  • Desde o período neonatal, o paciente deve ser acompanhado por equipe multidisciplinar, incluindo pediatra, neuropediatra, otorrinolaringologista, oftalmopediatra, fisioterapeuta e fonoaudiólogo;
  • Indicação de tratamento: Recomenda-se tratamento para RNs sintomáticos (envolvimento de um ou mais órgãos, incluindo SNC isolado) e diagnóstico laboratorial confirmado; RNs com imunodeficiência primária adjacente. RNs com doença grave devem iniciar tratamento endovenoso com brevidade;
  • O tratamento de RNs com perda auditiva isolada é controverso. O tratamento para RNs assintomáticos NÃO está indicado;
  • A terapia antiviral pode ter efeitos colaterais, como neutropenia, plaquetopenia, nefrotoxicidade e hepatotoxicidade; por isso, é importante fazer hemograma e dosagens de provas de função e lesão hepática e renal regularmente;
  • Há comprovação de benefícios/eficácia no terapia antiviral da doença congênita por CMV quando o tratamento é iniciado nos primeiros 30 dias de vida.
    Antivirais:
  • Opções: Ganciclovir (endovenoso) e Valganciclovir (via oral);
  • A opção de qual antiviral iniciar o tratamento depende da gravidade da doença;
  • Quando possível, optar pela medicação via oral;
  • Doença grave com risco de vida, deve-se iniciar tratamento com antiviral EV: Síndrome viral com quadro semelhante a sepse, coriorretinite, pneumonia, miocardite, entercolite, trombocitopenia, doença neurológica grave, distúrbio imunológico primário associado; [cms-watermark] [cms-watermark]
  • Paciente com alguma intolerância gastrointestinal que prejudique a absorção enteral da medicação deve iniciar tratamento EV;
  • Valganciclovir solução oral é a forma de dosagem oral preferida em pacientes pediátricos para precisão na dosagem;
    • Pode ser necessário manipular a medicação para solução oral. [cms-watermark]
    Seguimento:
  • Trocar a medicação de Ganciclovir EV para Valganciclovir oral, se o bebê estiver clinicamente estável e capaz de ingerir medicação oral/enteral; [cms-watermark]
    • Geralmente a transição ocorre após 2 a 6 semanas. [cms-watermark]
  • Não se recomenda uso de Ganciclovir EV por mais de 6 semanas, devido ao risco de toxicidade com o tratamento prolongado;
  • Após a transição para valganciclovir oral, a terapia deve continuar por um total de 6 meses na maioria dos casos. [cms-watermark]

Dieta e Hidratação [cms-watermark]

    1. Dieta e hidratação: Escolha uma das opções conforme a situação:
  • Neonatos a termo e prematuros com > 32 semanas de idade gestacional e peso > 1.000 g: Seio materno em livre demanda (salvo se paciente não tiver condições clínicas);
  • Se o RN não tiver condições de receber dieta enteral: Deixar em dieta zero, avaliar prescrição de hidratação venosa neonatal ou pediátrica conforme a idade podendo associar à nutrição parenteral.

Tratamento Farmacológico

    1. Tratamento antiviral contra CMV: Escolha uma das opções conforme condições clínicas do paciente (ver orientações ao prescritor):
  • Ganciclovir 6 mg/kg/dose EV de 12/12 horas, por 2 a 6 semanas;
  • Valganciclovir 16 mg/kg/dose VO de 12/12 horas, por 6 meses.

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou desconforto intenso. Escolha uma das opções:
  • Dipirona sódica solução injetável (500 mg/mL) 20-25 mg/kg/dose (0,04-0,05 mL/kg/dose) até de 6/6 horas via EV. Diluir com SF para concentração final de 50 mg/mL;
  • Paracetamol gotas ( 200 mg/mL) 10-15 mg/kg/dose (0,75-1,1 gota/kg/dose) VO até de 6/6 horas. Dose máxima 60 mg/kg/dia (4,5 gotas/kg/dia [cms-watermark] ).