O tratamento da doença hemorrágica é essencialmente hospitalar, visto que, quando surgem sintomas da deficiência, o tratamento deve ser prontamente instituído, a fim de evitar suas complicações;
Deve-se avaliar suspensão de medicamentos que reduzem níveis de vitamina K;
Na suplementação profilática de recém-nascidos, a administração IM é a opção de escolha, mas a via oral pode ser utilizada em alguns casos;
No tratamento da osteoporose, as evidências de benefícios com a suplementação de vitamina K ainda são insuficientes. Logo, a suplementação pode ser realizada, mas ainda não há recomendação para suplementação rotineira.
Diluição da Vitamina K:
Infusão endovenosa (10 mg/mL):
Diluir em 50-100 mL de SF 0,9% ou SG 5% (Infusão lenta - velocidade de infusão máxima: 1 mg/minuto).
Dieta e Hidratação
Dieta.
Escolha uma das opções:
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Dieta oral livre, conforme aceitação;
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Se rebaixamento do sensório:
Dieta enteral.
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Hidratação venosa.
Com base nos parâmetros hemodinâmicos e na cota básica:
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Ringer lactato
20 mL/kg EV em 2-6 horas, se hipovolemia;
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SF 0,9%
30-40 mL EV em 24 horas;
Manter hidratação venosa por no mínimo 24-48 horas;
Atenção à necessidade de reposição de eletrólitos (ex.: potássio, magnésio);
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Glicose hipertônica 50%
:
40 mL em casa frasco de hidratação venosa, no caso de dieta zero.
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Tratamento Farmacológico
Escolha um dos esquemas:
Esquema A: Profilaxia da doença hemorrágica do recém-nascido.
Escolha uma das opções:
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1ª
linha: Vitamina K
d
ose única IM, idealmente, na primeira hora de vida, doses dependente do peso conforme descrito abaixo;
Alternativa: Vitamina K
2 mg VO logo após o nascimento, seguida de 2 mg VO entre o quarto e o sétimo dias de vida.
Se recém-nascido alimentado exclusivamente de leite materno, fazer terceira dose de 2 mg VO após 4-7 semanas.
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Esquema B: Doença hemorrágica do recém-nascido:
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Vitamina K
1 mg SC ou IV, dose única. Doses maiores podem ser necessárias se a mãe estiver utilizando anticoagulantes orais.
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Esquema C: Coagulopatia associada a deficiência de vitamina K:
Vitamina K
dose inicial 2,5-10 mg, determinar a frequência e a quantidade de doses subsequentes de acordo com as condições clínicas e o resultado do coagulograma.
Geralmente administra-se 10 mg e se necessário, a dose pode ser repetida após 48-72 horas;
A via preferencial é a via oral, mas pacientes impossibilitados de utilizar essa via ou se história de má absorção, pode ser optada pelas vias SC ou EV.
Profiláticos e Sintomáticos
1.
Analgésico e antitérmico:
Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
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Dipirona sódica
(500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima de 5 g em 24 horas);
Dipirona sódica gotas
(500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
Dipirona sódica
500-1.000 mg VO de até 4/4 horas;
Paracetamol gotas
(200 mg/mL) 35-55 gotas VO de até 6/6 horas;
Paracetamol
500-750 mg VO de até 6/6 horas.
2.
Antiemético:
Se presença de náuseas e/ou vômitos.
Escolha uma das opções:
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Metoclopramida
(10 mg/2 mL) 10 mg EV diluído em água destilada de até 8/8 horas;
Metoclopramida
(4 mg/mL) 50 mg VO de 8/8 horas;
Metoclopramida
10 mg VO de 8/8 horas;
Bromoprida
(10 mg/2 mL) 10 mg EV de 8/8 horas;
Bromoprida
(4 mg/mL) 1-3 gotas/kg VO de 8/8 horas.
3.
Proteção gástrica:
Escolha uma das opções:
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Omeprazol
(40 mg/10 mL) 20-40 mg VO/EV de 24/24 horas, pela manhã;
Pantoprazol sódico
20-40 mg VO de 24/24 horas, em jejum;
Pantoprazol sódico
(40 mg/10 mL) 40 mg EV de 24/24 horas.