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Displasia Broncopulmonar

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Prescrição Ambulatorial

Orientações ao Prescritor

    Se houver necessidade de oxigênio suplementar:
  • Oferecer por meio de cilindros ou concentrador de oxigênio, com desmame baseado na avaliação periódica da SpO 2. [cms-watermark]
    Vacinação: [cms-watermark]
  • Imunizações do calendário vacinal, em especial antipneumocócica e contra influenza, além do anticorpo monoclonal palivizumabe .
    Nutrição:
  • Monitorar rigorosamente o ganho de peso;
  • Avaliar a necessidade de suplementação calórica com fórmula de transição ou leite materno.
    Tabagismo: [cms-watermark]
  • Desencorajar a exposição passiva ao tabagismo. [cms-watermark]

Tratamento Farmacológico

    1. Diuréticos: R eduzir a dose em 50% antes da suspensão, com dosagem de eletrólitos. Escolha uma ou mais opções:
  • Furosemida (40 mg/comprimido): 0,5-1 mg/kg VO 1-2x/dia;
  • Hidroclorotiazida (25 ou 50 mg/comprimido): 2-4 mg/kg/dia VO 2x/dia. Dose máxima: 37,5 mg/dia.
    2. Broncodilatadores: Reduzir gradualmente, conforme o paciente apresentar função respiratória estável em ar ambiente: Escolha uma das opções:
  • Agonista beta-adrenérgico: S albutamol ( spray inalatório 100 microgramas) com espaçador e máscara: 1 jato de 6/6 até 8/8 horas;
  • Agentes muscarí­nicos: Escolha uma das opções:
    • Brometo de ipratrópio ( Solução para inalação: 0,25 mg/mL): N ebulização: 2 gotas/kg/dose (25 microgramas/kg/dose) 3x/dia;
    • Brometo de ipratrópio (aerossol 20 microgramas/jato): Spray: 4 jatos/dose (20 microgramas/jato) de 6/6 a 8/8 horas ou 2 jatos a cada 20 minutos por 2 vezes.

Orientações ao Paciente

  • Os últimos medicamentos a serem suspensos são os nebulizados/inalados;
  • Orientar a famí­lia a manter em local de fácil acesso os medicamentos suspensos para o caso de ser necessária sua utilização em eventual piora do quadro.

Prescrição Hospitalar

Orientações ao Prescritor

    Ventilação mecânica: [cms-watermark]
  • Fase aguda: P ossibilitar troca gasosa adequada enquanto minimiza a pressão nas vias respiratórias e os volumes correntes (4-6 mL/kg). Na maioria dos casos, permitir tensão arterial de dióxido de carbono (PaCO 2 ) 50-55 mmHg, com pH > 7,3, saturação de oxigênio (SaO 2 ) 90-95% e tensão arterial de oxigênio (PaO 2 ) > 70 mmHg;
  • Fase crônica: A pós definirem-se os parâmetros do respirador, sem que a PaO 2 ultrapasse 65 mmHg, a frequência é mantida sem desmame até que se estabeleça um padrão de ganho ponderal constante;

  • Desmame da ventilação mecânica: Crianças que consigam manter a PaCO 2 estável com parâmetros ventilatórios baixos e sem aumentar o desconforto respiratório e a taquipneia podem ser desmamadas da ventilação. Inicialmente, utiliza-se pressão positiva de vias aéreas e, depois, desmama-se para o uso de oxigênio suplementar. [cms-watermark]

    Oxigênio suplementar:
  • Ajustar a oxigenioterapia conforme os valores da SaO 2 ;
  • Para crianças pré-termo, estabelecer um objetivo de saturação arterial entre 90-95%;
  • Para crianças que já alcançaram o termo (idade gestacional corrigida), o objetivo é uma saturação arterial ≥ 95% (valores menores podem ser admitidos em pacientes clinicamente bem).
    Manejo hídrico: [cms-watermark]
  • É importante até a função respiratória se tornar estável, sendo inicialmente limitado ao mínimo necessário (em geral, no volume máximo de 135 mL/kg/dia), mantendo-se o débito urinário de, no mínimo, 1 mL/kg/hora e o sódio sérico, 140-145 mEq/L. Avaliar também: balanço hídrico acumulado, peso da criança, pressão arterial e ecocardiograma funcional para avaliar a necessidade de aumento ou redução das necessidades hídricas.
    Transfusão sanguínea:
  • Manter hematócrito em torno de 30-35% e hemoglobina 8-10 g/dL enquanto necessitar de oxigênio suplementar;
  • Avaliar a necessidade de furosemida imediatamente após a transfusão.
    Manejo eletrolítico:
  • Suplementos de eletrólitos para corrigir os distúrbios/efeitos colaterais da terapia crônica com diuréticos (hiponatremia, hipopotassemia, hipocloremia); ou
  • Reduzir a dose de diurético, quando possí­vel, ou acrescentar suplementos de cloreto de sódio (NaCl) e cloreto de potássio (KCl);
  • Monitorar em intervalos regulares até que se alcance o equilí­brio. [cms-watermark]

Dieta e Hidratação [cms-watermark]

  1. Dieta, hidratação e eletrólitos:
    • No iní­cio, limitar a via oral para evitar cansar o RN e preferir administrar dieta via cateter nasogástrico ou orogástrico;
    • Na teoria, administrar lipí­dios em vez de carboidratos diminui o quociente respiratório e, consequentemente, a produção de CO 2 ; por isso, dietas ricas em lipídeos são preferidas;
    • Buscar crescimento diário de pelo menos 10-15 g/kg;
    • Concentrar fórmula ou leite materno para 30 kcal/30 mL;
    • Suplementar selênio, zinco e cobre para auxiliar a função das enzimas antioxidantes e ajudar na proteção.

Tratamento Farmacológico

    1. Para prevenir DBP, escolha uma ou mais das opções a seguir:
  • Para RN com peso < 1.000 g, insuficiência respiratória e necessidade de oxigênio suplementar ou ventilação mecânica com 1 dia de vida: Vitamina A: 5.000 unidades IM 3x/semana durante os primeiros 28 dias;
  • Para prematuros com IG < 28 semanas ou peso 500-1.250 g: Citrato de cafeí­na 20 mg/mL (solução injetável ou solução oral ):
    • Dose de ataque: 20 mg/kg EV/VO 1x/dia;
    • Dose de manutenção: 5 mg/kg EV/VO de 24/24 horas;
    • Suspender na idade pós-menstrual de 34 semanas se não houver episódio de apneia nos últimos 7 dias;
  • Para RN com colonização ou infecção documentada por ureaplasma: Escolha uma das opções:
    • Azitromicina (500 mg frasco-ampola): 10 mg/kg/dia EV 1x/dia, 3x/semana (às segundas, quartas e sextas-feiras);
    • Azitromicina 40 mg/mL (solução oral): 10 mg/kg/dia VO 1x/dia, 3x/semana (às segundas, quartas e sextas-feiras).
    2. Diuréticos: Escolha uma ou mais opções a seguir:
  • Furosemida 10 mg/mL (solução injetável) : 0,5-1 mg/kg/dose EV durante as transfusões sanguíneas ou exacerbação de edema pulmonar. Avaliar curso mais prolongado de furosemida 0,5-1 mg/kg EV 1-2x/dia para pacientes com DBP grave dependentes de ventilação mecânica com boa resposta em exacerbação ou que permaneçam instáveis mesmo após restrição hídrica e uso de tiazídico;
  • Hidroclorotiazida (25 mg/comprimido ou 50 mg/comprimido) 2 -4 mg/kg/dia (dose máxima diária: 37,5 mg/dia) VO 2x/dia evitam a toxicidade da furosemida.
    3. Broncodilatadores: Escolha uma ou mais das opções a seguir:
  • ß2 agonista: S albutamol ( spray inalatório 100 microgramas) com espaçador: 1 jato de 6/6 até 8/8 horas;
  • Agentes antimuscarínicos:
    • Brometo de ipratrópio (Solução para inalação: 0,25 mg/mL): N ebulização: 2 gotas/kg/dose (25 microgramas/kg/dose) 3x/dia;
    • Brometo de ipratrópio (aerossol 20 microgramas/jato): Spray : 4 jatos/dose (20 microgramas/jato) de 6/6 a 8/8 horas ou 2 jatos a cada 20 minutos por 2 vezes.
    4. Corticoide pós-natal: D exametasona 4 mg/mL (solução injetável) : 0,25 mg/kg/dose de 12/12 horas. Fazer 3 doses, 8-12 horas antes da próxima extubação. [cms-watermark]

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Em caso de dor ou febre ≥ 37,8ºC. Escolha uma das opções:
  • Dipirona 500 mg/mL (solução injetável): 20-25 mg/kg/dose EV até de 6/6 horas;
  • Dipirona 500 mg/mL (gotas): 20-25 mg/kg/dose VO até de 6/6 horas;
  • Paracetamol 200 mg/mL (gotas): 0,75-1,1 gota/kg/dose (10-15 mg/kg/dose) VO de 6/6 horas. Dose máxima: 3 gotas/kg/dia se IG de 28-32 semanas; 4-5 gotas/kg/dia se IG 33-37 semanas; 5-6 gotas/kg/dia (75 mg/kg/dia) se a termo a partir de 10 dias de vida.