Conteúdo copiado com sucesso!

Epistaxe na Criança

Voltar

Tratamento Ambulatorial

Orientações ao Prescritor

  • Iniciar a abordagem do paciente com a sequência ABC do trauma (vias aéreas, respiração e circulação);
  • Em casos de pacientes com sangramento com repercussão hemodinâmica, puncionar acesso venoso calibroso para coleta de exames, tipagem sanguínea e reposição volêmica.

Tratamento Não Farmacológico

  1. O paciente deve permanecer sentado e com a cabeça inclinada para frente, evitando a deglutição do sangue. Aplicar compressa gelada no nariz.
  2. Tamponamento nasal – a maioria dos sangramentos cessa após compressão nasal logo abaixo da parte óssea com o 1 o e 2 o dedos durante 5-10 minutos.
  3. Se o paciente tiver sangramento nasal ativo por mais de 30 minutos apesar da compressão nasal, colher exames laboratoriais.
  4. Se o sangramento persistir, proceder à lavagem nasal com o auxílio de seringa com soro fisiológico, aspirar os coágulos das fossas nasais, aplicar vasoconstritores tópicos (Oximetazolina 0,05%) e reaplicar pressão nasal por 10 minutos.
  5. Após realizar essas medidas iniciais, tentar localizar o ponto exato do sangramento se possível e paralelamente acionar otorrinolaringologista.

Tratamento Farmacológico

    1. Lavagem nasal com soro fisiológico gelado:
  • Cloreto de sódio 0,9% Preferencialmente gelado, lavar as narinas de 8/8 horas, por 5 dias. Utilizar 1 seringa cheia de 3 mL em cada narina por lavagem.

2. Oximetazolina 0,05% Aplicar na narina acometida com auxílio de cotonete embebido na solução.

Observação! Após essas medidas, a localização exata do ponto de sangramento poderá ser localizada mais facilmente.

Cuidados

1. Orientar a família e acalmá-la, transmitindo segurança.

2. Avaliação do otorrinolaringologista se epistaxe persistente.

Autoria principal: Ana Carolina Pomodoro (Pediatria pela UFF e SBP).

    Revisão:
  • Renata Carneiro da Cruz (Pediatria pela UERJ e SBP);
  • Gabriela Guimarães Moreira Balbi (Pediatria pela UFPR e Reumatologia Infantil pela UNIFESP).
    Equipe adjunta:
  • Dolores Silva (Pediatria pela UERJ);
  • Fabiana Barreto Goulart Déléage (Pediatria pela SMS/RJ e Medicina de Adolescentes pela UERJ);
  • Maria Eduarda B. Cruxen (Pediatria pela UFCSPA);
  • Vanessa Nascimento (Cirurgia Pediátrica Geral pelo IFF/FIOCRUZ e Oncológica pelo INCA).

Gonçalves MTM, Cedim AC. Epistaxe na infância. Ganança FF, Pontes P, coords. Manual de otorrinolaringologia e cirurgia de cabeça e pescoço. São Paulo: Manole, 2011.

Kliegman RM, Stanton [cms-watermark] B, Geme N. Nelson – Textbook of pediatrics. 20th ed. Philadelphia: Elsevier, 2016.

Traboulsi H, Alam E, Hadi U. Changing trends in the management of epistaxis. Int J Otolaryngol. 2015:263987.

Douglas R, Wormald PJ. Update on epistaxis. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2007; 15(3):180-3.

Sarhan NA, Algamal AM. Relationship between epistaxis and hypertension: a cause and effect or coincidence? J Saudi Heart Assoc. 2015; 27(2):79-84.

Newton E, Lasso A, Petrcich W, et al. An outcomes analysis of anterior epistaxis management in the emergency department. J Otolaryngol Head Neck Surg. 2016; 45:24.

Messner AH, Stack AM, Isaacson GC, Wiley JF. Management of epistaxis in children. [Internet]. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate Inc. (Accessed on December 22, 2022).