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Epistaxe

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Prescrição Ambulatorial

Orientações ao Prescritor

  • Imediatamente: C ompressão nasal com cabeça em flexão, por 15 minutos, e gelo em dorso nasal concomitantemente;
  • Informar ao paciente que a maioria das causas de sangramento proveniente da cavidade nasal é benigna (esse evento costumar provocar ansiedade em boa parte das pessoas acometidas);
  • Realizar medição de pressão arterial do paciente;
  • Buscar identificar a etiologia do sangramento e quantificar a perda sanguínea. Para facilitar a rinoscopia, aplicar solução tópica de Lidocaína com Epinefrina 1:10.000 ou vasoconstrictor nasal tópico em cotonoide (algodão) a ser colocado em cavidade nasal com o auxílio do espéculo nasal e da pinça baioneta;
  • A epistaxe anterior é mais comum e acomete principalmente crianças e adultos jovens;
  • A epistaxe posterior, por sua vez, tende a ser mais grave;
  • Atentar para sangramentos de S-point (septo nasal alto), que podem mimetizar epistaxes posteriores;
  • Se o sangramento persistir , pode-se optar pelo tamponamento ipsolateral (inicialmente anterior e, se houver persistência da epistaxe, associar o tamponamento posterior);
  • Outra opção ao tamponamento é a cauterização química (Nitrato de prata ou Ácido tricloroacético) ou elétrica (cautério monopolar em coagulação ou pinça bipolar baionetada);
  • Se não houver controle do sangramento com tamponamento , há possibilidade de abordagem cirúrgica por ligadura arterial (esfenopalatina ou etmoidal anterior) ou embolização;
  • O tampão nasal anterior deve ser colocado sempre junto ao assoalho da cavidade nasal, progredindo sua colocação em direção à rinofaringe (vide fluxograma na abordagem completa: )

Tratamento Farmacológico

  1. Ácido tranexâmico (250 mg) 2 comprimidos VO de 8/8 horas. Indicação discutível: considerar preferência de cada serviço. [cms-watermark]

Tratamento Não Farmacológico

  1. Aplicação de gelo e compressas frias no dorso do nariz a cada 2 horas por 15 minutos. [cms-watermark]

Cuidados

  1. Evitar banhos quentes e alimentos quentes e picantes. [cms-watermark]
  2. Evitar medicações antiplaquetárias ou anticoagulantes. Discutir risco versus benefício desses fármacos.
  3. Não ficar exposto ao sol/calor.
  4. Evitar esforço físico. [cms-watermark]
  5. Orientação dos cuidados sobre o que fazer em casa se tiver sangramento: compressão do local com cabeça em flexão + compressa de gelo por 15 minutos. Procurar emergência se persistir.

Prescrição Hospitalar

Orientação ao Prescritor

  • Os pacientes devem ser abordados na emergência e, caso haja descompensação hemodinâmica ou sangramento nasal refratário às medidas conservadoras, proceder à internação hospitalar;
  • Podem ser necessárias transfusão de hemocomponentes e reversão da anticoagulação em caso de pacientes com alto risco (múltiplas comorbidades, idosos e crianças pequenas, sangramento de grande volume e persistente, pacientes em uso de anticoagulantes/antiagregantes).

Tratamento Farmacológico

  1. Ácido tranexâmico (250 mg/5 mL) 15-20 mg/kg EV de 6/6 ou 8/8 horas. Indicação discutível: considerar preferência de cada serviço. [cms-watermark]
  2. Lavagem nasal com SF 0,9% conforme necessidade. Se possível, utilizar solução fisiológica resfriada.
  3. Avaliar necessidade de hemotransfusão.
  4. Avaliar necessidade de reversão da anticoagulação.
  5. Se tampão nasal por mais de 72 horas: E scolha uma das seguintes opções:
    • Amoxicilina + clavulanato (875 mg + 125 mg) de 12/12 horas durante a permanência do tampão; [cms-watermark]
    • Amoxicilina + clavulanato (500 mg + 125 mg) de 8/8 horas durante a permanência do tampão. [cms-watermark]

Tratamento Não Farmacológico

  1. Cabeça em flexão, sem hiperextensão. [cms-watermark]
  2. Se necessário, compressa com gelo sobre o dorso nasal.
  3. Tampão nasal feito pelo otorrinolaringologista por 2-5 dias: Tampão "dedo de luva", tampões expansíveis de celulose, tampão de gaze dobrada, sonda de Foley ou balão.
  4. Orientar o paciente a retornar ao hospital em 48 a 72 horas para retirar o tampão, ou antes, se indicado. [cms-watermark]

Cuidados

  1. Repouso relativo, evitando esforços.
  2. Quando deitado, manter-se com cabeceira elevada (30-90 o ).
  3. Orientação dos cuidados sobre o que fazer em casa, se tiver sangramento.

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Em caso de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das seguintes opções:
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
  • Dipirona sódica gotas (500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
  • Dipirona sódica 500-1.000 mg VO até de 4/4 horas;
  • Paracetamol gotas (200 mg/mL) 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
  • Paracetamol 500-750 mg VO até de 6/6 horas.
    2. Antiemético: Em caso de náuseas e/ou vômito. Escolha uma das seguintes opções:
  • Metoclopramida (10 mg/2 mL) 10 mg EV diluídos em água destilada até de 8/8 horas;
  • Metoclopramida (4 mg/mL) 50 gotas VO de 8/8 horas;
  • Metoclopramida 10 mg VO de 8/8 horas;
  • Bromoprida (10 mg/2 mL) 10 mg EV de 8/8 horas;
  • Bromoprida (4 mg/mL) 1-3 gotas/kg VO de 8/8 horas.