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Esteatose Hepática

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Prescrição Ambulatorial

Orientações ao Prescritor

  • O emagrecimento , supervisionado por nutricionista, é o elemento terapêutico mais relevante. Almeja-se perdas > 7-10% do peso corporal basal entre indivíduos com obesidade ou sobrepeso, enquanto que para indivíduos eutróficos, perdas mais modestas, de 3% a 5%, costumam ser efetivas;
  • A dieta hipocalórica , com substituição parcial do aporte calórico de carboidratos por proteínas e de gordura saturada por insaturada está recomendada inicialmente (déficit de 7.000 kcal ~ emagrecimento de 1 kg). A dieta do mediterrâneo pode ser recomendada. Deve-se evitar alimentos ultraprocessados e artificialmente ricos em frutose. O consumo de café em moderada quantidade parece ser benéfico; [cms-watermark]
  • A prática regular de atividade física de moderada (> 150 minutos/semana) ou alta intensidade (> 75 minutos/semana) é recomendada, respeitando-se as preferências e possibilidades de cada paciente; [cms-watermark]
  • Controle global dos fatores de risco cardiometabólicos : Obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemias e tabagismo;
  • Não há níveis seguros para o consumo de álcool, sendo a necessidade de abstenção alcoólica imperativa diante de fibrose avançada (Metavir ≥ F3 ) ;
  • Se for possível, medicamentos associados à esteatose hepática, como corticoides sistêmicos, M etotrexato , á cido valproico , T amoxifeno e A miodarona, devem ser suspensos ou substituídos ;
  • A P ioglitazona é indicada para pacientes com MASH e fibrose significativa (> F2) com ou sem diabetes associado;
  • A v itamina E pode ser indicada para pacientes com MASH e fibrose significativa (≥ F2) não diabéticos;
  • Não há benefício estabelecido da associação P ioglitazona com v itamina E;
  • O Resmetirom, um agonista seletivo do receptor do hormônio tireoidiano do tipo b, demonstrou benefícios em termos de resolução da MASH e melhora da fibrose no estudo MAESTRO-NASH, tendo sido aprovado pelo FDA em 2024. Entretanto, é indisponível no Brasil;
  • Análogos do GLP-1, como Liraglutida e Semaglutida , bem como a Tirzepatida , podem ser utilizados como adjuvantes em pacientes com diabetes mellitus (DM) tipo 2 ou sobrepeso/obesidade;
  • Inibidores SGLT-2, como Dapagliflozina e Empagliflozina , podem ser usados como adjuvantes em pacientes com diabetes mellitus (DM) tipo 2 , doença renal crônica ou insuficiência cardíaca;
  • Referenciamento para cirurgia bariátrica deve ser considerado nos pacientes com obesidade grau II ou III que não obtiveram perda ponderal satisfatória com medidas comportamentais e farmacológicas otimizadas.

Tratamento Farmacológico

Escolha um dos esquemas abaixo:

    Esquema A: Pacientes com MASH + fibrose com diabetes:
  • Pioglitazona (30 ou 45 mg/comprimido) 15 a 45 mg VO de 24/24 horas, antes do almoço.

    Esquema B: Pacientes com MASH + fibrose sem diabetes: Escolha uma das opções:
  • Vitamina E (400 unidades/comprimido) 800 unidades VO de 24/24 horas;
  • Pioglitazona (30 ou 45 mg/comprimido) 30 mg VO de 24/24 horas, antes do almoço, avaliando-se progressão para 45 mg/dia em 2 meses, com atenção à possibilidade de descompensação de insuficiência cardíaca.