Orientações ao Prescritor
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O tratamento da fibrilação ventricular (FV) é a desfibrilação elétrica. O desfibrilador deve ser utilizado o mais rápido possível;
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O manejo deve seguir o protocolo do ACLS, incluindo vias aéreas, compressões cardíacas, uso de medicações e dispositivos;
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O uso intravenoso de Amiodarona ou Lidocaína pode ser considerado logo após o terceiro choque, quando não houver reversão da arritmia após o segundo ciclo de RCP;
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Manter infusão contínua de
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Amiodarona EV por 24 horas após a reversão da PCR;
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O uso rotineiro de Cálcio e Magnésio EV não demonstrou benefício na FV;
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O magnésio EV está indicado quando a FV for precedida por Torsades de Pointes;
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O cálcio EV (cloreto ou gluconato) está indicado em casos de FV por hipercalemia ou intoxicação por bloqueadores dos canais de cálcio;
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O bicarbonato de sódio EV é restrito a casos de intoxicação por drogas (antidepressivos tricíclicos e bloqueadores dos canais de sódio) e hipercalemia.
Dieta e Hidratação
1. Dieta zero.
Tratamento Farmacológico – Durante a PCR
Realizar de acordo com as "Orientações ao Prescritor".
1.
Após o 2º choque:
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Epinefrina
1 mg EV em bólus. Repetir a cada 3-5 minutos.
2.
C
aso haja falha na reversão do ritmo após o 3º choque.
Escolha uma das opções:
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Amiodarona
(150 mg/ampola): 300 mg EV em bólus. Se necessário, administrar uma segunda dose: 150 mg EV em 3-5 minutos (apenas uma repetição);
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Lidocaína
(10 mg/mL): 1-1,5 mg/kg EV ou intraóssea em bólus. Se necessário, administrar uma segunda dose: 0,5-0,75 mg/kg EV em 3-5 minutos (apenas uma repetição);
3.
Se Torsades de Pointes:
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Sulfato de magnésio 10%
(10 mL/ampola): 1-4 g (diluir em 10 mL de SG 5%) e administrar 2-4 mL da solução EV em bólus, por 1-2 minutos, até o total de 4 g em 1 hora;
4.
Se hipercalemia:
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Cloreto de cálcio 10%
(13,6 mEq/10 mL) 0,5 g/5 mL a 1 g/10 mL EV em bólus, por 2-3 minutos. Apresenta maior risco de flebite;
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Gluconato de cálcio 10%
(4,6 mEq/10 mL): 1 g/10 mL EV em bólus, por 2-3 minutos. Também indicado para FV por intoxicação por bloqueadores dos canais de cálcio;
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Bicarbonato de sódio 8,4%
(
84 mg/mL = 1 mEq/mL de Na+ e 1 mEq/mL de Bicarbonato – ampola 10 mL e frasco 250 mL). Dose: 50-100 mEq ou 1 mEq/kg EV em pinça aberta. Também indicado para FV por intoxicação por tricíclicos ou bloqueadores dos canal de sódio.
Tratamento Farmacológico – Após a Reversão da FV
Realizar de acordo com as "Orientações ao Prescritor".
1.
Antiarrítmicos de manutenção (Amiodarona e/ou Lidocaína):
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Amiodarona
(150 mg/ampola):
900 mg + SG 5% 232 mL. Administrar 1 mg/minuto nas primeiras 6 horas e 0,5 mg/minuto nas 18 horas seguintes. Manutenção por 24 horas;
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Lidocaína
(10 mg/mL):
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50 mL + SG 5% 200 mL (4 mg/minuto): 1-4 mg/minuto (14-57 microgramas/kg/minuto). Manutenção por 24 horas;
2.
Sulfato de magnésio 10%
(10 mL/ampola):
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1-2 ampolas em soro de 100 ou 250 mL. Dose de manutenção: 0,5-1 g/hora (8-16 mg/minuto), por 24 horas.
Profiláticos e Sintomáticos
1.
Analgésico e antitérmico:
Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
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Dipirona sódica
(500 mg/mL): 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
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Dipirona sódica
gotas
(500 mg/mL): 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
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Dipirona sódica
500-1.000 mg VO até de 4/4 horas;
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Paracetamol gotas
(200 mg/mL): 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
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Paracetamol
500-750 mg VO até de 6/6 horas.
2.
Antiemético:
Se presença de náuseas e/ou vômitos.
Escolha uma das opções:
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Metoclopramida
(10 mg/2 mL): 10 mg EV, diluído em água destilada, até de 8/8 horas;
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Metoclopramida
(4 mg/mL): 50 gotas VO de 8/8 horas;
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Metoclopramida
10 mg VO de 8/8 horas;
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Bromoprida
(10 mg/2 mL): 10 mg EV de 8/8 horas;
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Bromoprida
(4 mg/mL): 1-3 gotas/kg VO de 8/8 horas.
3.
Proteção gástrica:
Escolha uma das opções:
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Omeprazol
(40 mg/10 mL): 20-40 mg VO/EV de 24/24 horas pela manhã;
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Pantoprazol sódico
20-40 mg VO de 24/24 horas, em jejum;
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Pantoprazol sódico
(40 mg/10 mL): 40 mg EV de 24/24 horas.
Cuidados
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Ofertar O
2
na porcentagem máxima permitida, conforme a via aérea utilizada pelo paciente (se VM, utilizar FiO
2
a 100%) durante a PCR, reduzindo de acordo com o quadro clínico após a reversão da FV e estabilização do paciente.
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O suporte avançado de vida deve ser iniciado imediatamente, e a desfibrilação cardíaca, realizada o mais precocemente possível.
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