Definição: É a anormalidade de umbigo mais comum nos recém-nascidos (RN). É um tecido de granulação (vascular e granular) exagerada, com 1-10 mm de diâmetro, persistente, localizado na base umbilical, lesão úmida, de cor rósea ou vermelho opaco, friável e que pode ter secreção purulenta associada. É a causa mais comum de massa umbilical em neonatos.
O coto do cordão umbilical geralmente seca e irá cair em 7 a 15 dias após o nascimento. Quando o anel fibromuscular do umbigo se fecha e o coto do cordão cai, o anel é devidamente coberto pela pele normal.
Em alguns casos pode haver epitelização incompleta sobre o anel e uma área de tecido de granulação pode ser visível, o que faz parte do processo de cicatrização de feridas, entretanto, quando o crescimento é excessivo, resulta no granuloma umbilical.
É um tecido de granulação que persiste na base umbilical. Uma pápula, rósea ou vermelha, friável, com base úmida, podendo ter exsudação clara ou amarelada.
Os sintomas mais comuns são edema umbilical
discreto e corrimento umbilical (não fétido).
O granuloma não causa dor ou incômodo, apenas se for complicado por infecção.
O diagnóstico é clínico com base na anamnese e no exame físico.
Fazer acompanhamento em consultas de puericultura para avaliar se houve melhora com o tratamento instituído.
Os granulomas umbilicais têm resolução espontânea. O tratamento deve ser instituído nos casos que a duração for maior que 4 semanas de vida.
Se o tratamento não for instituído, pode evoluir como onfalite.
As opções de tratamento do granuloma umbilical incluem: sal, nitrato de prata, eletrocauterização, sulfato de cobre e excisão cirúrgica.
Atenção! Orientar levar neonato para a emergência pediátrica ou maternidade caso haja sinais de alarme para infecção umbilical e dos tecidos circundantes (onfalite), como febre, eritema ao redor do umbigo ou secreção com odor fétido. A onfalite também pode evoluir como fasciite necrosante.
Autoria principal: Renata Carneiro da Cruz (Pediatria pela UERJ e SBP).
Revisão:
Maria Eduarda B. Cruxen (Pediatria pela UFCSPA).
Haftu H, Bitew H, Gebrekidan A, et al. The outcome of salt treatment for umbilical granuloma: a systematic review. Patient Prefer Adherence. 2020; 14:2085-92.
Kliegman R, Stanton BF, St Geme JW, et al. Nelson textbook of Pediatrics. 20th ed. Philadelphia: Elsevier; 2016.
Royal United Hospital (RUH)
Bath NHS trust. Umbilical granuloma in babies. Information for parents and carers date of publication: May 2012. [Internet]. (Acesso em 26 abr. 2025).
Telessaúde RS. Segunda opinião formativa: Como tratar o granuloma umbilical do recém-nascido, na falta do bastão de nitrato de prata? (Acesso em 26 abr. 2025).
Sociedade Brasileira de Pediatria. Cuidados com a pele e anexos do recém-nascido: da higienização e hidratação ao tratamento. Guia Prático de atualização da SBP; 2024.