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Lesão do LCM

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Prescrição Ambulatorial

Orientações ao Prescritor

    Recomendações:
  • A maioria das lesões isoladas do LCM são tratadas de maneira conservadora;
  • O tratamento conservador envolve imobilização e programa de reabilitação.
    Observações sobre anti-inflamatórios não esteroides (AINEs):
  • Em pacientes com idade mais avançada, essa classe de medicamentos deve ser prescrita com cautela, devido ao risco aumentado de eventos adversos e cardiovasculares;
  • Evitar seu uso contínuo;
  • Não devem ser usados por pacientes com doença renal crônica, pelo risco de piora da função dos rins;
  • Sua associação a inibidores de bomba de prótons (IBPs) reduz a incidência de doença ulcerosa péptica pelo uso de AINE.
    Observações sobre anticoagulação profilática:
  • Considerar o uso de anticoagulantes em pacientes com expectativa de imobilização prolongada ou fatores de risco, como tabagismo, uso de anticoncepcionais orais, história de trombofilia;
  • Estratégias não farmacológicas para prevenção de trombose venosa profunda (TVP) podem ser consideradas.

Procedimentos - Imobilização

  • Órteses em extensão ou braces articulados podem ser utilizados por meio de diferentes protocolos descritos na literatura;
  • Utilização de órtese em extensão na fase inicial até que melhore a dor e edema local;
    • Seguir com órtese de joelho articulada;
    • Imobilização é mantida em tempo integral durante 4 a 6 semanas e também durante o dia por igual período;
    • Vários protocolos existem considerando tempos diferentes de cada uma das etapas.

Profiláticos e Sintomáticos

Escolha uma das opções a seguir ou associe-as conforme necessidade clínica.

    1. AINEs: Escolha uma das seguintes opções:
  • Cetoprofeno 100 mg VO a cada 12 horas, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Ibuprofeno 200-600 mg VO até de 6/6 horas, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Diclofenaco (50 mg/comprimido) 50 mg VO até de 8/8 horas (dose máxima: 150 mg/dia), por 7 dias; [cms-watermark]
  • Naproxeno 250-500 mg VO a cada 12 horas, por 7 dias;
  • Indometacina 50 mg VO até de 6/6 horas, por 7 dias;
  • [cms-watermark] Meloxicam 7,5-15 mg VO 1 vez/dia, por 7 dias; [cms-watermark] [cms-watermark]
  • Piroxicam 10-20 mg VO 1 vez/dia, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Tenoxicam 20 mg VO 1 vez/dia, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Celecoxibe 100-200 mg VO até de 12/12 horas, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Nimesulida 50-200 mg VO a cada 12 horas, por 7 dias. [cms-watermark]
    2. Analgésicos comuns: E scolha uma das seguintes opções: [cms-watermark]
  • Dipirona 500-1.000 mg VO até de 4/4 horas; [cms-watermark]
  • Paracetamol (geralmente disponível no Sistema Único de Saúde [SUS]) 500 mg VO até de 6/6 horas. [cms-watermark]
    3. Opioides: Em caso de dor refratária ao analgésico comum e a AINEs. Escolha uma das seguintes opções: [cms-watermark]
  • Tramadol 50-100 mg VO até de 6/6 horas; [cms-watermark]
  • Fosfato de codeína (30 mg/comprimido) 30-60 mg VO até de 4/4 horas; [cms-watermark]
  • Oxicodona (10 mg/comprimido) 10-30 mg VO a cada 12 horas. [cms-watermark]

Orientações ao Paciente

    Recomendações:
  • Deambular com auxílio de muletas;
  • Manter o membro elevado;
  • Crioterapia: Aplicar gelo no local de 3 a 5 vezes/dia, durante 20 minutos;
  • Fisioterapia: Terapia anti-inflamatória, seguida de fortalecimento e ganho de arco de movimento;
  • Retorno às atividades esportivas após a redução do quadro álgico e do edema. O uso de órteses pode antecipar o retorno, mas tende a reduzir o desempenho esportivo.

Prescrição Hospitalar

Orientações ao Prescritor

    Observações sobre AINEs:
  • Em pacientes com idade mais avançada, essa classe de medicamentos deve ser prescrita com cautela, devido ao risco aumentado de eventos adversos e cardiovasculares;
  • Evitar seu uso contínuo;
  • Não devem ser usados por pacientes com doença renal crônica, pelo risco de piora da função dos rins;
  • Sua associação a IBPs reduz a incidência de doença ulcerosa péptica pelo uso de AINE.
    Observações sobre anticoagulação profilática:
  • Considerar o uso de anticoagulantes em pacientes com expectativa de imobilização prolongada ou fatores de risco, como tabagismo, uso de anticoncepcionais orais, história de trombofilia;
  • Estratégias não farmacológicas para prevenção de TVP podem ser consideradas.

Procedimentos - Imobilização [cms-watermark]

  • Nas lesões agudas, a imobilização utilizada é mantida até a cirurgia;
  • Lesões crônicas normalmente não envolvem o uso de imobilização antes da abordagem cirúrgica.

Dieta e Hidratação

  1. Dieta oral livre. [cms-watermark]
  2. SF 0,9% 30-40 mL/kg EV em 24 horas. [cms-watermark]

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésicos comuns: E scolha uma das seguintes opções: [cms-watermark]
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas); [cms-watermark]
  • Paracetamol (geralmente disponível no SUS) 500-750 mg VO até de 6/6 horas. [cms-watermark]
    2. Opioides : Em caso de dor refratária ao analgésico comum. Escolha uma das seguintes opções:
  • Tramadol 50-100 mg EV até de 6/6 horas; [cms-watermark]
  • Fosfato de codeína (30 mg/comprimido) 30-60 mg VO até de 4/4 horas; [cms-watermark]
  • Oxicodona (10 mg/comprimido) 10-30 mg VO a cada 12 horas. [cms-watermark]
    3. Antieméticos: Em caso de náusea e/ou vômito. Escolha uma das opções: [cms-watermark]
  • Metoclopramida (10 mg/2 mL) 10 mg EV, diluídos em água destilada, até de 8/8 horas;
  • Bromoprida (10 mg/2 mL) 10 mg EV a cada 8 horas.
    4. Proteção gástrica: Escolha uma das seguintes opções:
  • Omeprazol (geralmente disponível no SUS) (40 mg/10 mL) 20-40 mg VO/EV a cada 24 horas, pela manhã;
  • Pantoprazol 2 0-40 mg VO a cada 24 horas, em jejum;
  • Pantoprazol (40 mg/10 mL) 40 mg EV a cada 24 horas.

Orientação ao Paciente

    Recomendação:
  • Manter jejum conforme programação para a cirurgia.

Orientações ao Prescritor

    Observações sobre AINEs:
  • Em pacientes com idade mais avançada, essa classe de medicamentos deve ser prescrita com cautela, devido ao risco aumentado de eventos adversos e cardiovasculares;
  • Evitar seu uso contínuo;
  • Não devem ser usados por pacientes com doença renal crônica, pelo risco de piora da função dos rins;
  • Sua associação a IBPs reduz a incidência de doença ulcerosa péptica pelo uso de AINE.
    Observações sobre anticoagulação profilática:
  • Considerar o uso de anticoagulantes em pacientes com expectativa de imobilização prolongada ou fatores de risco, como tabagismo, uso de anticoncepcionais orais ou história de trombofilia;
  • Estratégias não farmacológicas para prevenção de TVP podem ser consideradas.

Procedimentos - Imobilização

    A imobilização no pós-operatório é realizada de maneira semelhante à recomendação de tratamento conservador:
  • Órteses em extensão ou braces articulados podem ser utilizados por meio de diferentes protocolos descritos na literatura;
  • A imobilização é mantida em tempo integral durante 4 a 6 semanas e também durante o dia por igual período. Vários protocolos existem considerando tempos diferentes de cada uma das etapas.

Dieta e Hidratação

  1. Dieta oral livre. [cms-watermark]
  2. SF 0,9% 30-40 mL/kg EV em 24 horas. [cms-watermark]

Tratamento Farmacológico

    1. Antibioticoprofilaxia: E scolha uma das seguintes opções: [cms-watermark]
  • Cefazolin 1 g EV a cada 6 horas, por 24 horas; [cms-watermark]
  • Cefalotina 2 g EV a cada 6 horas, por 24 horas. [cms-watermark]

Profiláticos e Sintomáticos

    1. AINEs: Escolha uma das seguintes opções:
  • Cetoprofeno 100 mg EV a cada 12 horas; [cms-watermark]
  • Tenoxicam 20 mg EV 1 vez/dia; [cms-watermark]
  • Parecoxibe 20-40 mg EV a cada 12 horas. [cms-watermark]
    2. Analgésicos comuns: Escolha uma das seguintes opções: [cms-watermark]
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas); [cms-watermark]
  • Paracetamol (geralmente disponível no SUS) 500-750 mg VO até de 6/6 horas. [cms-watermark]
    3. Opioides : Em caso de dor refratária ao analgésico comum. Escolha uma das seguintes opções:
  • Tramadol 50-100 mg EV até de 6/6 horas; [cms-watermark]
  • Fosfato de codeína (30 mg/comprimido) 30-60 mg VO até de 4/4 horas; [cms-watermark]
  • Oxicodona (10 mg/comprimido) 10-30 mg VO a cada 12 horas. [cms-watermark]
    4. Anticoagulação profilática: E scolha uma das seguintes opções: [cms-watermark]
  • Enoxaparina 40 mg SC a cada 24 horas, por 14 dias; [cms-watermark]
  • Rivaroxabana 10 mg VO a cada 24 horas, por 14 dias. [cms-watermark]
    5. Antieméticos: Em caso de náusea e/ou vômito. Escolha uma das seguintes opções:
  • Metoclopramida (10 mg/2 mL) 10 mg EV, diluídos em água destilada, até de 8/8 horas;
  • Bromoprida (10 mg/2 mL) 10 mg EV a cada 8 horas.
    6. Proteção gástrica: Escolha uma das seguintes opções:
  • Omeprazol (geralmente disponível no SUS) (40 mg/10 mL) 20-40 mg VO/EV a cada 24 horas, pela manhã;
  • Pantoprazol 2 0-40 mg VO a cada 24 horas, em jejum;
  • Pantoprazol (40 mg/10 mL) 40 mg EV a cada 24 horas.

Orientações ao Paciente

    Recomendações:
  • Deambular com auxílio de muletas; [cms-watermark]
  • Manter o membro elevado.

Orientações ao Prescritor

    Observações sobre AINEs:
  • Em pacientes com idade mais avançada, essa classe de medicamentos deve ser prescrita com cautela, devido ao risco aumentado de eventos adversos e cardiovasculares;
  • Evitar seu uso contínuo;
  • Não devem ser usados por pacientes com doença renal crônica, pelo risco de piora da função dos rins;
  • Sua associação a IBPs reduz a incidência de doença ulcerosa péptica pelo uso de AINE.
    Observações sobre anticoagulação profilática:
  • Considerar o uso de anticoagulantes em pacientes com expectativa de imobilização prolongada ou fatores de risco, como tabagismo, uso de anticoncepcionais orais ou história de trombofilia;
  • Estratégias não farmacológicas para prevenção de TVP podem ser consideradas.

Procedimentos - Imobilização [cms-watermark]

    A imobilização no pós-operatório é realizada de maneira semelhante à recomendação de tratamento conservador:
  • Órteses em extensão ou braces articulados podem ser utilizados por meio de diferentes protocolos descritos na literatura;
  • A imobilização é mantida em tempo integral durante 4 a 6 semanas e durante o dia por igual período. Vários protocolos existem considerando tempos diferentes de cada uma das etapas.

Profiláticos e Sintomáticos

    1. AINEs: Escolha uma das seguintes opções:
  • Cetoprofeno 100 mg VO a cada 12 horas, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Ibuprofeno 200-600 mg VO até de 6/6 horas, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Diclofenaco (50 mg/comprimido) 50 mg VO até de 8/8 horas (dose máxima: 150 mg/dia), por 7 dias; [cms-watermark]
  • Naproxeno 250-500 mg VO a cada 12 horas, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Indometacina 50 mg VO até de 6/6 horas, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Meloxicam 7,5-15 mg VO 1 vez/dia, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Piroxicam 10-20 mg VO 1 vez/dia, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Tenoxicam 20 mg VO 1 vez/dia, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Celecoxibe 100-200 mg VO até de 12/12 horas, por 7 dias; [cms-watermark]
  • Nimesulida 50-200 mg VO a cada 12 horas, por 7 dias. [cms-watermark]
    2. Analgésicos comuns: Escolha uma das seguintes opções:
  • Dipirona 500-1.000 mg VO até de 4/4 horas; [cms-watermark]
  • Paracetamol (geralmente disponível no SUS) 500 mg VO até de 6/6 horas. [cms-watermark]
    3. Opioides: Em caso de dor refratária ao analgésico comum. Escolha uma das seguintes opções:
  • Tramadol 50-100 mg VO até de 6/6 horas; [cms-watermark]
  • Fosfato de codeína (30 mg/comprimido) 30-60 mg VO até de 4/4 horas; [cms-watermark]
  • Oxicodona (10 mg/comprimido) 10-30 mg VO a cada 12 horas. [cms-watermark]
    4. Anticoagulação profilática: Escolha uma das seguintes opções:
  • Enoxaparina 40 mg SC a cada 24 horas, por 14 dias; [cms-watermark]
  • Rivaroxabana 10 mg VO a cada 24 horas, por 14 dias. [cms-watermark]

Orientações ao Paciente

    Recomendações:
  • Deambular com auxílio de muletas;
  • Manter o membro elevado.

Outras Informações

Autoria principal: Igor Natário Pinheiro (Ortopedia, Traumatologia e Cirurgia de Joelho).

Revisão: Rafael Erthal de Paula (Ortopedia, Traumatologia e Cirurgia de Joelho).

Floyd ER, Tollefson LV, Falaas KL, et al. Evaluation of knee outcomes and anterior cruciate ligament graft failure when comparing medial collateral ligament reconstruction versus MCL repair in patients with multiple ligament knee injuries: a systematic review. Orthop J Sports Med. 2025; 13(2):23259671241302095.

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Shultz CL, Poehlein E, Morriss NJ, et al. Nonoperative management, repair, or reconstruction of the medial collateral ligament in combined anterior cruciate and medial collateral ligament injuries-which is best? A systematic review and meta-analysis. Am J Sports Med. 2024; 52(2):522-34.

Svantesson J, Piussi R, Weissglas E, et al. Shedding light on the non-operative treatment of the forgotten side of the knee: rehabilitation of medial collateral ligament injuries-a systematic review. BMJ Open Sport Exerc Med. 2024; 10(2):e001750.

Franciozi CE, Mameri ES, Gracitelli GC, et al. Tibial-sling triangular medial collateral ligament reconstruction with posterior oblique ligament limb. Video J Sports Med. 2023; 3(6).

Mowers C, Jackson GR, Condon JJ, et al. Medial collateral ligament reconstruction and repair show similar improvement in outcome scores, but repair shows higher rates of knee stiffness and failure: a systematic review. Arthroscopy. 2023;39(10):2231-40.

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