Orientações ao Prescritor
Recomendações:
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Atentar para o controle da dor e o risco de baixa ingesta hídrica/alimentar.
Tratamento sintomático:
-
Caso escolha por analgesia em forma de adesivo:
Aplicar os adesivos em região limpa, seca, de preferência em tórax anterior. Evitar áreas de atrito ou que fiquem em contato com colchão para não comprometer a velocidade de liberação do fármaco;
-
Considerar antifúngicos, se candidíase
associada;
-
Considerar antiviral no caso de herpes.
Tratamento Farmacológico
1.
Soluções para bochecho ao longo do dia:
10-15 mL 4-6x/dia, sem engolir: Escolha uma das opções:
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SF 0,9%
;
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-
B
icarbonato de sódio em pó:
S
olução de 5 g
+ 1.000 mL de
água morna;
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Miracle mouthwash
: Lidocaína 2%
50 mL
+
B
icarbonato de sódio
(1 meq/mL) 100 mL +
D
ifenidramina
(12,5 mg/5 mL) 50 mL.
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Tratamento Farmacológico - Sintomático
Escolha um dos esquemas conforme intensidade dos sintomas:
Esquema A: Controle da dor graus 1 e 2.
A
nalgesia tópica e/ou sistêmica: Escolha uma das opções:
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Benzidamina
0,15%:
A
plicar 2
sprays
na cavidade oral 3-4x/dia;
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Dipirona sódica
1 g VO/EV/SC (hipodermóclise - 1 ampola diluída em 30 mL de
SF 0,9%
, correr gravitacional) de 6/6 horas ou de 4/4 horas;
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Paracetamol
500 mg VO de 6/6 horas.
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Esquema B: Controle da dor graus 3 e 4:
Escolha uma das opções:
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Morfina
5 mg VO de 4/4 horas ou 2 mg SC de 4/4 horas. Titular conforme resposta do paciente. Deixar resgate proporcional: 1/6 a 1/10 do valor diário total até 6x/dia. Não há dose máxima;
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Buprenorfina transdérmica
10 microgramas/hora. Trocar a cada 7 dias;
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Fentanila transdérmico
(escolher Fentanila no caso de pacientes já em uso de opioide) 25 microgramas/hora. Trocar a cada 3 dias. O
patch
de 25 microgramas/hora equivale a 60 mg morfina/dia.
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Tratamento Não Farmacológico
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Higiene oral adequada.
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Ingerir água ou umedecer a cavidade oral com gaze embebida em água ou gelo.
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Utilizar
saliva artificial
sob demanda do paciente (ex.: Kin-Hidrat
®
).
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Se disponível, associar
laserterapia
.
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Considerar Palifermina, se disponível.
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Orientações nutricionais:
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Adequar dieta de acordo com a tolerabilidade e gravidade da mucosite;
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Graus 3 e 4 geralmente não toleram dieta sólida:
Ajustar para pastosa ou líquida;
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Evitar alimentos salgados, ácidos, secos, sólidos, picantes, álcool e tabaco;
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Aumentar ingesta hídrica, além de água e sucos de fruta batidos com leite;
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Dar preferência a líquidos mais frios/gelados (Ex.: gelatinas, pudins, sorvetes);
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Frutas moles podem ser comidas cruas (exceto na neutropenia);
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Frutas com caroço podem ser consumidas cozidas;
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Pequenas porções de acordo com a preferência do paciente, se possível, variadas;
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Em casos específicos de inviabilidade de dieta via oral, avaliar junto ao paciente, considerando sua funcionalidade, desejo, prognóstico e vias alternativas de alimentação (sonda nasoenteral, gastrostomia, nutrição parenteral), se estas forem indicadas e proporcionais ao plano de cuidados instituído.
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