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Náuseas e Vômitos em Cuidados Paliativos

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Prescrição Ambulatorial

Orientações ao Prescritor

    Quando não é possível chegar à causa da náusea e do vômito, deve-se utilizar a abordagem empírica
  • Metoclopramida VO/SC; se contraindicação, efeito extrapiramidal, prescrever Haloperidol VO/SC;
    • Em caso de boa tolerância e sintoma persistente, é possível considerar infusão contínua;
    • Metoclopramida: 10 mg IV/SC a cada 6–8 horas, titular até 40–100 mg/24 horas em infusão contínua (doses > 60 mg/dia preferíveis em pacientes com esvaziamento gástrico retardado (sem obstrução). Na prática, dose > 40 mg/dia, considerar mudança para Levomeprimazina;
    • Haloperidol: 0,5–1 mg SC/VO 2x/dia; ou 1–3 mg SC em infusão contínua. Doses acima disso, recomenda-se a troca para Levomepromazina.
  • Ondansetrona VO/SC + Haloperidol VO/SC ou Olanzapina VO/Clorpromazina VO/SC.
    Orientações quanto à Metoclopramida:
  • Contraindicações: Doença de Parkinson, intervalo QT prolongado ou obstrução intestinal completa;
  • Monitorar os efeitos adversos extrapiramidais, por exemplo, discinesia tardia (mais comum em doses superiores a 30 mg/24 horas);
  • Pode piorar as cólicas abdominais em alguns pacientes;
  • Não coprescreva com anticolinérgicos (ex.: Meclizina, Butilbrometo de hioscina) se o esvaziamento gástrico retardado for a causa clara de náuseas e vômitos;
  • No contexto dos cuidados paliativos, as contraindicações podem se tornar relativas quando o objetivo único é o controle de sintomas.
    Orientações quanto ao Haloperidol:
  • Contraindicações: Doença de Parkinson, intervalo QT prolongado. Obstrução gastrointestinal é uma contraindicação relativa nos últimos dias de vida;
  • Evitar em pacientes com demência por corpos de Lewy devido ao risco aumentado de síndrome neuroléptica maligna;
  • No contexto dos cuidados paliativos, as contraindicações podem se tornar relativas quando o objetivo único é o controle de sintomas.
    Orientações quanto à Meclizina:
  • Não coprescreva com Metoclopramida se a causa provável de náuseas e vômitos for o esvaziamento gástrico retardado (sem obstrução);
  • Não é recomendado administrar em bólus subcutâneo devido a reações no local da injeção.
    Canabinoides (Nabilona e Dronabinol):
  • Opção terapêutica, especialmente em casos refratários a tratamentos convencionais;
  • Efeitos adversos: Podem causar sonolência, tontura, alterações de humor e aumento do apetite;
  • O uso prolongado de canabinoides pode levar à síndrome de hiperêmese por canabinoide (CHS), caracterizada por náuseas e vômitos persistentes, que requerem interrupção do uso de cannabis para resolução dos sintomas.

Tratamento Farmacológico

  1. Monoterapia: Escolha uma das opções:
    • Metoclopramida (geralmente disponível no SUS) (10 mg/comprimido) 10 mg VO até de 4/4 horas. Dose máxima: 60-100 mg/dia. Início de ação: 15-60 minutos VO. [cms-watermark]
      • Deve ser ajustada na insuficiência renal;
      • Doses > 60 mg/dia: Considerar substituir para Levomepromazina.
    • Haloperidol (geralmente disponível no SUS) (1 mg/combrimido ou 5 mg/comprimido) iniciar 0,5-1,5 mg VO, à noite. Progredir para 1 mg até de 8/8 horas, se necessário. Dose máxima: 3 mg/dia. Início de ação: > 1 hora VO. [cms-watermark]
      • Doses > 3 mg/dia: Considerar substituir para Levomepromazina.
  2. Associar à Metoclopramida ou ao Haloperidol, se persistência dos sintomas: Escolha uma das opções ou associe-as:
    • Ondansetrona (4 mg/comprimido ou 8 mg/comprimido) 4 mg VO/SL de 8/8 horas. Dose máxima: 24 mg/dia. Início ação: < 30 minutos VO. Dose máxima insuficiência hepática grave: 8 mg/dia; [cms-watermark]
    • Olanzapina (2,5 mg/comprimido, 5 mg/comprimido ou 10 mg/comprimido) 2,5–5 mg VO à noite. Aumentar para 10 mg/dia, se necessário;
    • Clorpromazina (25 mg/comprimido, 100 mg/comprimido ou 40 mg/mL) 25-50 mg a cada 4 a 6 horas, com ajustes conforme necessário. Dose máxima: 400 mg/dia. Atenção ao efeito sedativo ;
    • Levomepromazina 6,25–25 mg VO/SC até de 6/6 horas.
    3. Tratamento adjuvante:
  • Dexametasona (0,5 mg/comprimido, 0,75 mg/comprimido, 4 mg/comprimido ou 0,1 mg/mL) 4 mg/manhã e titular até 16 mg/dia. Alguns textos sugerem efeito subjetivo na dose 2x/dia. Porém, a maior recomendação é dose única pela manhã;
  • Canabinoides:
    • Nabilona: Iniciar com 0,5 mg VO 2x/dia. A dose pode ser aumentada gradualmente, conforme necessário, até um máximo de 2 mg 2x/dia;
    • Dronabinol: Iniciar com 2,5 mg VO 2x/dia. A dose pode ser aumentada conforme necessário, até um máximo de 20 mg/dia.
  • Sedação paliativa: Náuseas ou vômitos refratários com prescrição otimizada: Para mais informações, acesse Prescrição - Sedação Paliativa.

Tratamento Não Farmacológico

    Objetivo: Reduzir o estímulo à náusea do ambiente do paciente: [cms-watermark]
  1. Manter higiene oral.
  2. Reduzir odores intensos e prolongados (odor fétido de tumores necróticos, odor de comida, alimentos, aromas de cozinha, desodorantes/perfumes, purificadores de ar) ou cenários/imagens que possam estimular a náusea/vômito.
  3. Dieta: Reduzir alimentos gordurosos, condimentados, salgados. Dar preferência a bebidas frias, efervescentes, alimentos secos, de fácil digestão. Uso de gengibre. Refeições em pequena quantidade, leves, várias vezes ao dia e conforme tolerância e gosto do paciente (com as devidas adaptações). Estímulo gustativo ao invés da deglutição também pode ser uma opção. Uso gelo ou picolé pode auxiliar na tolerabilidade.
  4. Se obstrução intestinal ou estase gástrica, o uso de Sonda nasogástrica pode ser uma decisão compartilhada (paciente-família-equipe) e momentânea para controle agudo de sintomas (com data para colocar e retirar). No contexto dos cuidados paliativos, a decisão do paciente se sobrepõe à indicação da sonda. Apresente alternativas a isso e diferentes estratégias.
  5. Orientar o uso de roupas folgadas para que não comprimam o abdome.
  6. Se paciente acamado, manter cabeceira elevada para evitar a broncoaspiração do vômito.
  7. Reduzir o estresse, tensão e preocupação principalmente durante as refeições.
  8. Considerar acupuntura , acupressão , abordagens comportamentais (ex.: relaxamento, distração).
  9. Manter ambiente ventilado conforme desejo e tolerância do paciente.

  10. Sempre que possível, tratar causa adjacente.

Orientação ao Prescritor

    Orientações gerais
  • A conduta diante da Obstrução Intestinal é diferente do tratamento proposto abaixo. Para mais informações, acesse Obstrução Intestinal Maligna ;
  • Se obstrução intestinal ou estase gástrica com náuseas/vômitos persistentes ou refratários, o uso de sonda nasogástrica pode ser uma decisão compartilhada (paciente-família-equipe) e momentânea para controle agudo de sintomas (com data para colocar e retirar). No contexto dos cuidados paliativos, a decisão do paciente se sobrepõe à indicação da sonda. Apresente alternativas a isso e diferentes estratégias;
  • Para mais informações quanto ao controle de constipação, acesse Constipação em Cuidados Paliativos;
    Orientações quanto à Metoclopramida:
  • Contraindicações: Doença de Parkinson, intervalo QT prolongado ou obstrução intestinal completa;
  • Monitorar os efeitos adversos extrapiramidais, por exemplo, discinesia tardia (mais comum em doses superiores a 30 mg/24 horas);
  • Pode piorar as cólicas abdominais em alguns pacientes;
  • Não coprescreva com anticolinérgicos (ex.: Meclizina, Butilbrometo de Hioscina) se o esvaziamento gástrico retardado for a causa clara de náuseas e vômitos;
  • No contexto dos cuidados paliativos, as contraindicações podem se tornar relativas quando o objetivo único é o controle de sintomas.
    Orientações quanto ao Haloperidol:
  • Contraindicações: Doença de Parkinson, intervalo QT prolongado. Obstrução gastrointestinal é uma contraindicação relativa nos últimos dias de vida;
  • Evitar em pacientes com demência por corpos de Lewy devido ao risco aumentado de síndrome neuroléptica maligna;
  • No contexto dos cuidados paliativos, as contraindicações podem se tornar relativas quando o objetivo único é o controle de sintomas.

Tratamento Farmacológico

    1. Monoterapia: Escolha uma das opções:
    • Metoclopramida (geralmente disponível no SUS) (10 mg/comprimido) 10 mg VO até de 4/4 horas. Dose máxima: 60-100 mg/dia. Início de ação: 15-60 minutos VO.
      • Deve ser ajustada na insuficiência renal;
      • Doses > 60 mg/dia: Considerar associar Levomepromazina.
    [cms-watermark]
  • Domperidona (10 mg/comprimido) 10 mg VO até de 6/6 horas.
    2. Tratamento a djuvante: Escolha uma das opções:
    • Olanzapina (2,5 mg/comprimido, 5 mg/comprimido ou 10 mg/comprimido) 2,5–5 mg VO à noite. Aumentar para 10 mg/dia, se necessário;
    • Clorpromazina (25 mg/comprimido, 100 mg/comprimido ou 40 mg/mL) 25-50 mg a cada 4 a 6 horas, com ajustes conforme necessário. Dose máxima: 400 mg/dia. Atenção ao efeito sedativo;
    • Levomepromazina 6,25–25 mg VO até de 6/6 horas.

Tratamento Não Farmacológico

    Objetivo: Reduzir o estímulo à náusea do ambiente do paciente:
  1. Manter higiene oral.
  2. Reduzir odores intensos e prolongados (odor fétido de tumores necróticos, odor de comida, alimentos, aromas de cozinha, desodorantes/perfumes, purificadores de ar) ou cenários/imagens que possam estimular a náusea/vômito.
  3. Dieta: Reduzir alimentos gordurosos, condimentados, salgados. Dar preferência a bebidas frias, efervescentes, alimentos secos, de fácil digestão. Uso de gengibre. Refeições em pequena quantidade, leves, várias vezes ao dia e conforme tolerância e gosto do paciente (com as devidas adaptações). Estímulo gustativo ao invés da deglutição também pode ser uma opção. Uso gelo ou picolé pode auxiliar na tolerabilidade.
  4. Se obstrução intestinal ou estase gástrica, o uso de sonda nasogástrica pode ser uma decisão compartilhada (paciente-família-equipe) e momentânea para controle agudo de sintomas (com data para colocar e retirar). No contexto dos cuidados paliativos, a decisão do paciente se sobrepõe à indicação da sonda. Apresente alternativas a isso e diferentes estratégias.
  5. Orientar o uso de roupas folgadas para que não comprimam o abdome.
  6. Se paciente acamado, manter cabeceira elevada para evitar a broncoaspiração do vômito.
  7. Reduzir o estresse, tensão e preocupação principalmente durante as refeições.
  8. Considerar acupuntura , acupressão , abordagens comportamentais (ex.: relaxamento, distração).
  9. Manter ambiente ventilado conforme desejo e tolerância do paciente.

  10. Sempre que possível, tratar causa adjacente.

Orientações ao Prescritor

    Orientações quanto à Metoclopramida:
  • Contraindicações: Doença de Parkinson, intervalo QT prolongado ou obstrução intestinal completa;
  • Monitorar os efeitos adversos extrapiramidais, por exemplo, discinesia tardia (mais comum em doses superiores a 30 mg/24 horas);
  • Pode piorar as cólicas abdominais em alguns pacientes;
  • Não coprescreva com anticolinérgicos (ex.: Meclizina, Butilbrometo de hioscina) se o esvaziamento gástrico retardado for a causa clara de náuseas e vômitos;
  • No contexto dos cuidados paliativos, as contraindicações podem se tornar relativas quando o objetivo único é o controle de sintomas.
    Orientações quanto ao Haloperidol:
  • Contraindicações: Doença de Parkinson, intervalo QT prolongado. Obstrução gastrointestinal é uma contraindicação relativa nos últimos dias de vida;
  • Evitar em pacientes com demência por corpos de Lewy devido ao risco aumentado de síndrome neuroléptica maligna;
  • No contexto dos cuidados paliativos, as contraindicações podem se tornar relativas quando o objetivo único é o controle de sintomas.

Tratamento Farmacológico

    1. Monoterapia: Escolha uma das opções:
    • Metoclopramida (geralmente disponível no SUS) (10 mg/comprimido) 10 mg VO até de 4/4 horas. Dose máxima: 60-100 mg/dia. Início de ação: 15-60 minutos VO.
      • Deve ser ajustada na insuficiência renal;
      • Doses > 60 mg/dia: Considerar associar Levomepromazina.
    • Haloperidol (geralmente disponível no SUS) (1 mg/comprimido ou 5 mg/comprimido) iniciar 0,5-1,5 mg VO, à noite. Progredir para 1 mg até de 8/8 horas, se necessário. Dose máxima: 3 mg/dia. Início de ação: > 1 hora VO. [cms-watermark]
      • Doses > 3 mg/dia: Considerar associar Levomepromazina.
    2. Associar à Metoclopramida ou ao Haloperidol, se persistência dos sintomas: [cms-watermark]
  • Ondansetrona (4 mg/comprimido ou 8 mg/comprimido) 4 mg VO/SL de 8/8 horas. Dose máxima: 24 mg/dia. Início ação: < 30 minutos VO. Dose máxima insuficiência hepática grave: 8 mg/dia. [cms-watermark]
  • Levomepromazina 6,25–25 mg VO até de 6/6 horas.

Tratamento Não Farmacológico

    Objetivo: Reduzir o estímulo à náusea do ambiente do paciente:
  1. Manter higiene oral.
  2. Reduzir odores intensos e prolongados (odor fétido de tumores necróticos, odor de comida, alimentos, aromas de cozinha, desodorantes/perfumes, purificadores de ar) ou cenários/imagens que possam estimular a náusea/vômito.
  3. Dieta: Reduzir alimentos gordurosos, condimentados, salgados. Dar preferência a bebidas frias, efervescentes, alimentos secos, de fácil digestão. Uso de gengibre. Refeições em pequena quantidade, leves, várias vezes ao dia e conforme tolerância e gosto do paciente (com as devidas adaptações). Estímulo gustativo ao invés da deglutição também pode ser uma opção. Uso gelo ou picolé pode auxiliar na tolerabilidade.
  4. Se obstrução intestinal ou estase gástrica, o uso de sonda nasogástrica pode ser uma decisão compartilhada (paciente-família-equipe) e momentânea para controle agudo de sintomas (com data para colocar e retirar). No contexto dos cuidados paliativos, a decisão do paciente se sobrepõe à indicação da sonda. Apresente alternativas a isso e diferentes estratégias.
  5. Orientar o uso de roupas folgadas para que não comprimam o abdome.
  6. Se paciente acamado, manter cabeceira elevada para evitar a broncoaspiração do vômito.
  7. Reduzir o estresse, tensão e preocupação principalmente durante as refeições.
  8. Considerar acupuntura , acupressão , abordagens comportamentais (ex.: relaxamento, distração).
  9. Manter ambiente ventilado conforme desejo e tolerância do paciente.

  10. Sempre que possível, tratar causa adjacente.

Tratamento Farmacológico [cms-watermark]

Escolha um dos esquemas ou associe-os: [cms-watermark]

    Esquema A: Monoterapia: Escolha uma das opções ou associe-os, a depender da refratariedade dos sintomas:
  • Dimenidrato (preferência) (50 mg/comprimido) 50 mg VO de 8/8 ou 6/6 horas. Dose máxima: 400 mg/dia; [cms-watermark]
  • Prometazina (geralmente disponível no SUS) (25 mg/comprimido) 25 mg VO de 6/6 horas. Dose máxima: 100 mg/dia. Início da ação: 3-5 minutos. [cms-watermark]

    Esquema B: Se hipertensão intracraniana/ edema cerebral: Realizar associação do esquema A com medicações abaixo: [cms-watermark]
  • D exametasona (4 mg/comprimido) 4-16 mg VO pela manhã, por 5 dias; [cms-watermark]
  • O meprazol (geralmente disponível no SUS) (20 mg/comprimido) 20 mg VO em jejum, durante o uso do corticoide (proteção gástrica).
    Esquema C: Associe a depender da refratariedade do sintoma.
  • Meclozina 25-100 mg/dia dividir dose em até 2x/dia.

Orientações ao Prescritor

  • Realize profilaxia antes das medicações programadas e mantenha conforme tolerância por 72 horas ou mais após a aplicação, conforme tolerância.

Tratamento Farmacológico

    1. Monoterapia: Escolha uma das opções:
  • Ondansetrona (4 mg/comprimido ou 8 mg/comprimido) 4 mg VO/SL de 8/8 horas. Dose máxima: 24 mg/dia. Início ação: < 30 minutos VO. Pode necessitar de ajuste na insuficiência hepática; [cms-watermark]
  • Granisetrona 1-2 mg/dia SC ou EV. Início ação < 15 minutos. Dose máxima: 9 mg/dia. [cms-watermark]
    2. Considerar a ssociação, se persistência dos sintomas:
  • D exametasona (4 mg/comprimido) 4-8 mg VO pela manhã; Dose máxima: 16 mg/dia; [cms-watermark]
  • O meprazol (geralmente disponível no SUS) (20 mg/comprimido) 20 mg VO em jejum, durante o uso do corticoide (proteção gástrica); [cms-watermark]
  • Aprepitanto (80 mg/comprimido + 125 mg/comprimido) 125 mg VO 1 hora antes da QT, por 1 dia. Seguido de 80 mg VO pela manhã, por 2 dias. [cms-watermark]

3. Associe a depender da refratariedade do sintoma: Meclozina 25-50 mg/dia na profilaxia ou 25-100 mg/dia para tratamento. Dividir dose em até 2x/dia.

Tratamento Não Farmacológico

    Objetivo: Reduzir o estímulo à náusea do ambiente do paciente:
  1. Manter higiene oral.
  2. Reduzir odores intensos e prolongados (odor fétido de tumores necróticos, odor de comida, alimentos, aromas de cozinha, desodorantes/perfumes, purificadores de ar) ou cenários/imagens que possam estimular a náusea/vômito.
  3. Dieta: Reduzir alimentos gordurosos, condimentados, salgados. Dar preferência a bebidas frias, efervescentes, alimentos secos, de fácil digestão. Uso de gengibre. Refeições em pequena quantidade, leves, várias vezes ao dia e conforme tolerância e gosto do paciente (com as devidas adaptações). Estímulo gustativo ao invés da deglutição também pode ser uma opção. Uso gelo ou picolé pode auxiliar na tolerabilidade.
  4. Se obstrução intestinal ou estase gástrica, o uso de sonda nasogástrica pode ser uma decisão compartilhada (paciente-família-equipe) e momentânea para controle agudo de sintomas (com data para colocar e retirar). No contexto dos cuidados paliativos, a decisão do paciente se sobrepõe à indicação da sonda. Apresente alternativas a isso e diferentes estratégias.
  5. Orientar o uso de roupas folgadas para que não comprimam o abdome.
  6. Se paciente acamado, manter cabeceira elevada para evitar a broncoaspiração do vômito.
  7. Reduzir o estresse, tensão e preocupação principalmente durante as refeições.
  8. Considerar acupuntura , acupressão , abordagens comportamentais (ex.: relaxamento, distração).
  9. Manter ambiente ventilado conforme desejo e tolerância do paciente.

  10. Sempre que possível, tratar causa adjacente.

Tratamento Farmacológico

A abordagem não farmacológica deve ser o foco inicial.

    1. Monoterapia: Escolha uma das opções abaixo:
  • Lorazepam (1 mg/comprimido ou 2 mg/comprimido) 0,5-1 mg VO, antes e durante o ciclo de QT;
  • Clonazepam (0,5 mg/comprimido) 0,25-0,5 mg VO/SL, antes e durante o ciclo de QT.

Tratamento Não Farmacológico

    Foco inicial:
  1. Psicoterapia. [cms-watermark]
  2. Técnicas de relaxamento.
  3. Hipnose.
  4. Biofeedback. [cms-watermark]
    Adjuvantes: Reduzir o estímulo à náusea do ambiente do paciente:
  1. Manter higiene oral.
  2. Reduzir odores intensos e prolongados (odor fétido de tumores necróticos, odor de comida, alimentos, aromas de cozinha, desodorantes/perfumes, purificadores de ar) ou cenários/imagens que possam estimular a náusea/vômito.
  3. Dieta: Reduzir alimentos gordurosos, condimentados, salgados. Dar preferência a bebidas frias, efervescentes, alimentos secos, de fácil digestão. Uso de gengibre. Refeições em pequena quantidade, leves, várias vezes ao dia e conforme tolerância e gosto do paciente (com as devidas adaptações). Estímulo gustativo ao invés da deglutição também pode ser uma opção. Uso gelo ou picolé pode auxiliar na tolerabilidade.
  4. Se obstrução intestinal ou estase gástrica, o uso de sonda nasogástrica pode ser uma decisão compartilhada (paciente-família-equipe) e momentânea para controle agudo de sintomas (com data para colocar e retirar). No contexto dos cuidados paliativos, a decisão do paciente se sobrepõe à indicação da sonda. Apresente alternativas a isso e diferentes estratégias.
  5. Orientar o uso de roupas folgadas para que não comprimam o abdome.
  6. Se paciente acamado, manter cabeceira elevada para evitar a broncoaspiração do vômito.
  7. Reduzir o estresse, tensão e preocupação principalmente durante as refeições.
  8. Considerar acupuntura , acupressão , abordagens comportamentais (ex.: relaxamento, distração).
  9. Manter ambiente ventilado conforme desejo e tolerância do paciente.

  10. Considerar suspensão ou mudança do tratamento medicamentoso proposto.

Prescrição Hospitalar

Orientações ao Prescritor

      Quando não é possível chegar à causa da náusea e vômito, deve-se utilizar a abordagem empírica:
    • Metoclopramida VO/SC; se contraindicação, efeito extrapiramidal, prescrever Haloperidol VO/SC;
      • Em caso de boa tolerância e sintoma persistente, é possível considerar infusão contínua;
      • Metoclopramida: 10 mg IV/SC a cada 6–8 horas, titular até 40–100 mg/24 horas em infusão contínua (doses > 60 mg/dia preferíveis em pacientes com esvaziamento gástrico retardado (sem obstrução). Na prática, dose > 40 mg/dia, considerar mudança para Levomeprimazina;
      • Haloperidol: 0,5–1 mg SC/VO 2×/dia; ou 1–3 mg SC em infusão contínua. Doses acima disso, recomenda-se a troca para Levomepromazina.
    • Ondansetrona VO/SC + Haloperidol VO/SC ou Olanzapina VO/Clorpromazina VO/SC.
      Orientações quanto à Metoclopramida:
    • Contraindicações: Doença de Parkinson, intervalo QT prolongado ou obstrução intestinal completa;
    • Monitorar os efeitos adversos extrapiramidais, por exemplo, discinesia tardia (mais comum em doses superiores a 30 mg/24 horas);
    • Pode piorar as cólicas abdominais em alguns pacientes;
    • Não coprescreva com anticolinérgicos (ex.: Meclizina, Butilbrometo de Hioscina) se o esvaziamento gástrico retardado for a causa clara de náuseas e vômitos;
    • No contexto dos cuidados paliativos, as contraindicações podem se tornar relativas quando o objetivo único é o controle de sintomas.
      Orientações quanto ao Haloperidol:
    • Contraindicações: Doença de Parkinson, intervalo QT prolongado. Obstrução gastrointestinal é uma contraindicação relativa nos últimos dias de vida;
    • Evitar em pacientes com demência por corpos de Lewy devido ao risco aumentado de síndrome neuroléptica maligna;
    • No contexto dos cuidados paliativos, as contraindicações podem se tornar relativas quando o objetivo único é o controle de sintomas.
      Orientações quanto à Meclizina:
    • Não coprescreva com Metoclopramida se a causa provável de náuseas e vômitos for o esvaziamento gástrico retardado (sem obstrução);
    • Não é recomendado administrar em bólus subcutâneo devido a reações no local da injeção.
      Canabinoides (Nabilona e Dronabinol):
    • Opção terapêutica, especialmente em casos refratários a tratamentos convencionais;
    • Efeitos adversos: Podem causar sonolência, tontura, alterações de humor e aumento do apetite;
    • O uso prolongado de canabinoides pode levar à síndrome de hiperêmese por canabinoide (CHS), caracterizada por náuseas e vômitos persistentes, que requerem interrupção do uso de cannabis para resolução dos sintomas.

Dieta e Hidratação

    1. Dieta geral, conforme aceitação.
  • Considerar SNE, a depender da proporcionalidade do caso.
    2. Hidratação: SF 0,9% 20-30 mL/kg EV, em 24 horas.
  • Considerar reposição de potássio se hipocalemia , a depender da proporcionalidade do caso.

Tratamento Farmacológico

    1. Monoterapia: Escolha uma das opções:
      • Metoclopramida (geralmente disponível no SUS) (5 mg/mL) 10 mg IV/SC até de 4/4 horas. Dose máxima: 60-100 mg/dia.
        • Deve ser ajustada na insuficiência renal;
        • Doses > 60 mg/dia: Considerar substituir para Levomepromazina;
        • Infusão contínua: 40–60 mg/24 horas via SC/hipodermóclise. Resgate: bólus de 10 mg até a cada 6 horas.
      • Haloperidol (geralmente disponível no SUS) (5 mg/mL) iniciar 0,5-1 mg SC (hipodermóclise), à noite. Progredir para 1 mg até de 8/8 horas, se necessário. Dose máxima: 3 mg/dia.
        • Doses > 3 mg/dia: Considerar substituir para Levomepromazina;
        • Infusão contínua: 1–2 mg/24 horas via SC (hipodermóclise). Resgate: b ólus de 0,5–1 mg, se necessário.
    2. Associar à Metoclopramida ou ao Haloperidol, se persistência dos sintomas: Escolha uma das opções ou associe-as:
      • Ondansetrona (2 mg/mL) 4-8 mg IV/SC até de 6/6 horas. Dose máxima: 24 mg/dia. Dose máxima insuficiência hepática grave: 8 mg/dia; Infusão contínua: Recomendado até 16 mg/24 horas por via SC (hipodermóclise); [cms-watermark]
      • Olanzapina (2,5 mg/comprimido, 5 mg/comprimido ou 10 mg/comprimido) 2,5–5 mg VO à noite. Aumentar para 10 mg/dia, se necessário;
      • Clorpromazina (5 mg/mL) 25-50 mg a cada 4 a 6 horas, com ajustes conforme necessário. Dose máxima: 400 mg/dia. Atenção ao efeito sedativo ;
      • Levomepromazina 6,25–25 mg VO até de 6/6 horas.
      3. Tratamento adjuvante:
    • Dexametasona (2 mg/mL e 4 mg/mL) 4 mg/manhã e titular até 16 mg/dia. Alguns textos sugerem efeito subjetivo na dose 2x/dia. Porém, a maior recomendação é dose única pela manhã.
    • Canabinoides:
      • Nabilona: Iniciar com 0,5 mg VO 2x/dia. A dose pode ser aumentada gradualmente, conforme necessário, até um máximo de 2 mg 2x/dia;
      • Dronabinol: Iniciar com 2,5 mg VO 2x/dia. A dose pode ser aumentada conforme necessário, até um máximo de 20 mg/dia.
    • Sedação paliativa: Náuseas ou vômitos refratários com prescrição otimizada: Para mais informações, acesse Prescrição - Sedação Paliativa.
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Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
  • Dipirona sódica gotas (500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
  • Dipirona sódica 500-1.000 mg VO até 4/4 horas;
  • Paracetamol gotas (200 mg/mL) 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
  • Paracetamol 500-750 mg VO até de 6/6 horas.
    2. Proteção gástrica: Escolha uma das opções:
  • Omeprazol (40 mg/10 mL) 20-40 mg VO/EV de 24/24 horas, pela manhã;
  • Pantoprazol sódico 20-40 mg VO de 24/24 horas, em jejum;
  • Pantoprazol sódico (40 mg/10 mL) 40 mg EV de 24/24 horas.

Tratamento Não Farmacológico

    Objetivo: Reduzir o estímulo à náusea do ambiente do paciente:
  1. Manter higiene oral.
  2. Reduzir odores intensos e prolongados (odor fétido de tumores necróticos, odor de comida, alimentos, aromas de cozinha, desodorantes/perfumes, purificadores de ar) ou cenários/imagens que possam estimular a náusea/vômito.
  3. Dieta: Reduzir alimentos gordurosos, condimentados, salgados. Dar preferência a bebidas frias, efervescentes, alimentos secos, de fácil digestão. Uso de gengibre. Refeições em pequena quantidade, leves, várias vezes ao dia e conforme tolerância e gosto do paciente (com as devidas adaptações). Estímulo gustativo ao invés da deglutição também pode ser uma opção. Uso gelo ou picolé pode auxiliar na tolerabilidade.
  4. Se obstrução intestinal ou estase gástrica, o uso de sonda nasogástrica pode ser uma decisão compartilhada (paciente-família-equipe) e momentânea para controle agudo de sintomas (com data para colocar e retirar). No contexto dos cuidados paliativos, a decisão do paciente se sobrepõe à indicação da sonda. Apresente alternativas a isso e diferentes estratégias.
  5. Orientar o uso de roupas folgadas para que não comprimam o abdome.
  6. Se paciente acamado, manter cabeceira elevada para evitar a broncoaspiração do vômito.
  7. Reduzir o estresse, tensão e preocupação principalmente durante as refeições.
  8. Considerar acupuntura , acupressão , abordagens comportamentais (ex.: relaxamento, distração).
  9. Manter ambiente ventilado conforme desejo e tolerância do paciente.

  10. Sempre que possível, tratar causa adjacente.

Orientações ao Prescritor

      Orientações gerais:
    • A conduta diante da obstrução intestinal é diferente do tratamento proposto abaixo. Para mais informações, acesse Obstrução Intestinal Maligna;
    • Se obstrução intestinal ou estase gástrica com náuseas/vômitos persistentes ou refratários, o uso de Sonda nasogástrica pode ser uma decisão compartilhada (paciente-família-equipe) e momentânea para controle agudo de sintomas (com data para colocar e retirar). No contexto dos cuidados paliativos, a decisão do paciente se sobrepõe à indicação da sonda. Apresente alternativas a isso e diferentes estratégias;
    • Para mais informações quanto ao controle de constipação, acesse Constipação em Cuidados Paliativos.
      Orientações quanto à Metoclopramida:
    • Contraindicações: Doença de Parkinson, intervalo QT prolongado ou obstrução intestinal completa;
    • Monitorar os efeitos adversos extrapiramidais, por exemplo, discinesia tardia (mais comum em doses superiores a 30 mg/24 horas);
    • Pode piorar as cólicas abdominais em alguns pacientes;
    • Não coprescreva com anticolinérgicos (ex.: Meclizina, Butilbrometo de hioscina) se o esvaziamento gástrico retardado for a causa clara de náuseas e vômitos;
    • No contexto dos cuidados paliativos, as contraindicações podem se tornar relativas quando o objetivo único é o controle de sintomas.
      Orientações quanto ao Haloperidol:
    • Contraindicações: Doença de Parkinson, intervalo QT prolongado. Obstrução gastrointestinal é uma contraindicação relativa nos últimos dias de vida;
    • Evitar em pacientes com demência por corpos de Lewy devido ao risco aumentado de síndrome neuroléptica maligna;
    • No contexto dos cuidados paliativos, as contraindicações podem se tornar relativas quando o objetivo único é o controle de sintomas.

Dieta e Hidratação

    1. Dieta geral, conforme aceitação.
  • Considerar jejum e passagem de SNG, se sintomas intensos e distensão abdominal (vide orientação acima).
    2. Hidratação: SF 0,9% 20-30 mL/kg EV, em 24 horas.
  • Considerar reposição de potássio se hipocalemia.

Tratamento Farmacológico

      Monoterapia: Escolha uma das opções:
      • Metoclopramida (geralmente disponível no SUS) (5 mg/mL) 10 mg IV/SC até de 4/4 horas. Dose máxima: 60-100 mg/dia.
        • Deve ser ajustada na insuficiência renal;
        • Doses > 60 mg/dia: Considerar substituir para Levomepromazina;
        • Infusão contínua: 40–60 mg/24 horas via SC/hipodermóclise. Resgate: bólus de 10 mg até a cada 6 horas.
    • Domperidona (10 mg/comprimido) 10 mg VO até de 6/6 horas.
      2. Tratamento a djuvante: Escolha uma das opções:
      • Olanzapina (2,5 mg/comprimido, 5 mg/comprimido ou 10 mg/comprimido) 2,5–5 mg VO à noite. Aumentar para 10 mg/dia, se necessário;
      • Clorpromazina (25 mg/comprimido, 100 mg/comprimido ou 40 mg/mL) 25-50 mg a cada 4 a 6 horas, com ajustes conforme necessário. Dose máxima: 400 mg/dia. Atenção ao efeito sedativo ;
      • Levomepromazina 6,25–25 mg VO até de 6/6 horas.

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
  • Dipirona sódica gotas (500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
  • Dipirona sódica 500-1.000 mg VO até 4/4 horas;
  • Paracetamol gotas (200 mg/mL) 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
  • Paracetamol 500-750 mg VO até de 6/6 horas.
    2. Proteção gástrica: Escolha uma das opções:
  • Omeprazol (40 mg/10 mL) 20-40 mg VO/EV de 24/24 horas, pela manhã;
  • Pantoprazol sódico 20-40 mg VO de 24/24 horas, em jejum;
  • Pantoprazol sódico (40 mg/10 mL) 40 mg EV de 24/24 horas.

Tratamento Não Farmacológico

    Objetivo: Reduzir o estímulo à náusea do ambiente do paciente:
  1. Manter higiene oral.
  2. Reduzir odores intensos e prolongados (odor fétido de tumores necróticos, odor de comida, alimentos, aromas de cozinha, desodorantes/perfumes, purificadores de ar) ou cenários/imagens que possam estimular a náusea/vômito.
  3. Dieta: Reduzir alimentos gordurosos, condimentados, salgados. Dar preferência a bebidas frias, efervescentes, alimentos secos, de fácil digestão. Uso de gengibre. Refeições em pequena quantidade, leves, várias vezes ao dia e conforme tolerância e gosto do paciente (com as devidas adaptações). Estímulo gustativo ao invés da deglutição também pode ser uma opção. Uso gelo ou picolé pode auxiliar na tolerabilidade.
  4. Se obstrução intestinal ou estase gástrica, o uso de sonda nasogástrica pode ser uma decisão compartilhada (paciente-família-equipe) e momentânea para controle agudo de sintomas (com data para colocar e retirar). No contexto dos cuidados paliativos, a decisão do paciente se sobrepõe à indicação da sonda. Apresente alternativas a isso e diferentes estratégias.
  5. Orientar o uso de roupas folgadas para que não comprimam o abdome.
  6. Se paciente acamado, manter cabeceira elevada para evitar a broncoaspiração do vômito.
  7. Reduzir o estresse, tensão e preocupação principalmente durante as refeições.
  8. Considerar acupuntura , acupressão , abordagens comportamentais (ex.: relaxamento, distração).
  9. Manter ambiente ventilado conforme desejo e tolerância do paciente.

  10. Sempre que possível, tratar causa adjacente.

Orientações ao Prescritor

      Orientações quanto à Metoclopramida:
    • Contraindicações: Doença de Parkinson, intervalo QT prolongado ou obstrução intestinal completa;
    • Monitorar os efeitos adversos extrapiramidais, por exemplo, discinesia tardia (mais comum em doses superiores a 30 mg/24 horas);
    • Pode piorar as cólicas abdominais em alguns pacientes;
    • Não coprescreva com anticolinérgicos (ex.:, Meclizina, Butilbrometo de Hioscina) se o esvaziamento gástrico retardado for a causa clara de náuseas e vômitos;
    • No contexto dos cuidados paliativos, as contraindicações podem se tornar relativas quando o objetivo único é o controle de sintomas.
      Orientações quanto ao Haloperidol:
    • Contraindicações: Doença de Parkinson, intervalo QT prolongado. Obstrução gastrointestinal é uma contraindicação relativa nos últimos dias de vida;
    • Evitar em pacientes com demência por corpos de Lewy devido ao risco aumentado de síndrome neuroléptica maligna;
    • No contexto dos cuidados paliativos, as contraindicações podem se tornar relativas quando o objetivo único é o controle de sintomas.

Dieta e Hidratação

    1. Dieta geral, conforme aceitação.
  • Considerar passagem de SNE, a depender da proporcionalidade do caso;
    2. Hidratação: SF 0,9% 20-30 mL/kg EV, em 24 horas.
  • Considerar reposição de potássio se hipocalemia , a depender da proporcionalidade do caso.

Tratamento Farmacológico

      Monoterapia: Escolha uma das opções:
      • Metoclopramida (geralmente disponível no SUS) (5 mg/mL) 10 mg IV/SC até de 4/4 horas. Dose máxima: 60-100 mg/dia.
        • Deve ser ajustada na insuficiência renal;
        • Doses > 60 mg/dia: Considerar substituir para Levomepromazina;
        • Infusão contínua: 40–60 mg/24 horas via SC/hipodermóclise. Resgate: bólus de 10 mg até a cada 6 horas.
      • Haloperidol (geralmente disponível no SUS) (5 mg/mL) iniciar 0,5-1 mg SC (hipodermóclise), à noite. Progredir para 1 mg até de 8/8 horas, se necessário. Dose máxima: 3 mg/dia.
        • Doses > 3 mg/dia: Considerar substituir para Levomepromazina;
        • Infusão contínua: 1–2 mg/24 horas via SC (hipodermóclise). Resgate: b ólus de 0,5–1 mg, se necessário.
      2. Associar à Metoclopramida ou ao Haloperidol, se persistência dos sintomas: [cms-watermark]
    • Ondansetrona (2 mg/mL) 4-8 mg IV/SC até de 6/6 horas. Dose máxima: 24 mg/dia. Dose máxima insuficiência hepática grave: 8 mg/dia; Infusão contínua: Recomendado até 16 mg/24 horas por via SC (hipodermóclise);
    • Levomepromazina 6,25–25 mg VO até de 6/6 horas.
    [cms-watermark]
[cms-watermark]

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
  • Dipirona sódica gotas (500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
  • Dipirona sódica 500-1.000 mg VO até 4/4 horas;
  • Paracetamol gotas (200 mg/mL) 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
  • Paracetamol 500-750 mg VO até de 6/6 horas.
    2. Proteção gástrica: Escolha uma das opções:
  • Omeprazol (40 mg/10 mL) 20-40 mg VO/EV de 24/24 horas, pela manhã;
  • Pantoprazol sódico 20-40 mg VO de 24/24 horas, em jejum;
  • Pantoprazol sódico (40 mg/10 mL) 40 mg EV de 24/24 horas.

Tratamento Não Farmacológico

    Objetivo: Reduzir o estímulo à náusea do ambiente do paciente:
  1. Manter higiene oral.
  2. Reduzir odores intensos e prolongados (odor fétido de tumores necróticos, odor de comida, alimentos, aromas de cozinha, desodorantes/perfumes, purificadores de ar) ou cenários/imagens que possam estimular a náusea/vômito.
  3. Dieta: Reduzir alimentos gordurosos, condimentados, salgados. Dar preferência a bebidas frias, efervescentes, alimentos secos, de fácil digestão. Uso de gengibre. Refeições em pequena quantidade, leves, várias vezes ao dia e conforme tolerância e gosto do paciente (com as devidas adaptações). Estímulo gustativo ao invés da deglutição também pode ser uma opção. Uso gelo ou picolé pode auxiliar na tolerabilidade.
  4. Se obstrução intestinal ou estase gástrica, o uso de sonda nasogástrica pode ser uma decisão compartilhada (paciente-família-equipe) e momentânea para controle agudo de sintomas (com data para colocar e retirar). No contexto dos cuidados paliativos, a decisão do paciente se sobrepõe à indicação da sonda. Apresente alternativas a isso e diferentes estratégias.
  5. Orientar o uso de roupas folgadas para que não comprimam o abdome.
  6. Se paciente acamado, manter cabeceira elevada para evitar a broncoaspiração do vômito.
  7. Reduzir o estresse, tensão e preocupação principalmente durante as refeições.
  8. Considerar acupuntura , acupressão , abordagens comportamentais (ex.: relaxamento, distração).
  9. Manter ambiente ventilado conforme desejo e tolerância do paciente.

  10. Sempre que possível, tratar causa adjacente.

Dieta e Hidratação

    1. Dieta geral, conforme aceitação.
  • Considerar SNE, a depender da proporcionalidade do caso.
    2. Hidratação: SF 0,9% 20-30 mL/kg EV, em 24 horas.
  • Considerar reposição de potássio se hipocalemia, a depender da proporcionalidade.

Tratamento Farmacológico

Escolha um dos esquemas ou associe-os:

    Esquema A: Monoterapia: Escolha uma das opções ou associe-os, a depender da refratariedade dos sintomas:
  • Dimenidrato (preferência) (3 mg/mL) 1 ampola de 8/8 ou 6/6 horas. Dose máxima: 120 mg/dia;
  • Prometazina (geralmente disponível no SUS) (25 mg/mL) 25 mg IM de 6/6 horas. Dose máxima: 100 mg/dia.

    Esquema B: Se hipertensão intracraniana/edema cerebral: Realizar associação do esquema A com medicações abaixo:
  • Dexametasona (2 mg/mL e 4 mg/mL) 4 mg/manhã e titular até 16 mg/dia. Alguns textos sugerem efeito subjetivo na dose 2x/dia. Porém, a maior recomendação é dose única pela manhã , por 5 dias.

    Esquema C: Associe a depender da refratariedade do sintoma.
  • Meclozina 25-100 mg/dia dividir dose em até 2x/dia.

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
  • Dipirona sódica gotas (500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
  • Dipirona sódica 500-1.000 mg VO até 4/4 horas;
  • Paracetamol gotas (200 mg/mL) 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
  • Paracetamol 500-750 mg VO até de 6/6 horas.
    2. Proteção gástrica: Escolha uma das opções:
  • Omeprazol (40 mg/10 mL) 20-40 mg VO/EV de 24/24 horas, pela manhã;
  • Pantoprazol sódico 20-40 mg VO de 24/24 horas, em jejum;
  • Pantoprazol sódico (40 mg/10 mL) 40 mg EV de 24/24 horas.

Orientações ao Prescritor

    Orientações gerais procure realizar profilaxia:
  • Realize profilaxia antes das medicações programadas e mantenha conforme tolerância por 72 horas ou mais após a aplicação, conforme tolerância.

Dieta e Hidratação

    1. Dieta geral, conforme aceitação.
  • Considerar SNE, a depender da proporcionalidade do caso.
    2. Hidratação: SF 0,9% 20-30 mL/kg EV, em 24 horas.
  • Considerar reposição de potássio se hipocalemia , a depender da proporcionalidade do caso.

Tratamento Farmacológico [cms-watermark]

    1. Monoterapia: Escolha uma das opções:
  • Ondansetrona (2 mg/mL) 4-8 mg IV/SC até de 6/6 horas. Dose máxima: 24 mg/dia. Dose máxima insuficiência hepática grave: 8 mg/dia; Infusão contínua: Recomendado até 16 mg/24 horas por via SC (hipodermóclise);
  • Granisetrona 1-2 mg/dia SC ou EV. Início ação < 15 minutos. Dose máxima: 9 mg/dia. [cms-watermark]
    2. Considerar a ssociação, se persistência dos sintomas:
  • Dexametasona (2 mg/mL e 4 mg/mL) 4-8 mg/manhã por 3-5 dias e titular até 16 mg/dia. Alguns textos sugerem efeito subjetivo na dose 2x/dia. Porém, a maior recomendação é dose única pela manhã;
  • Aprepitanto (80 mg/comprimido + 125 mg/comprimido) 125 mg VO 1 hora antes da QT, por 1 dia. Seguido de 80 mg VO pela manhã, por 2 dias. [cms-watermark]

3. Associe a depender da refratariedade do sintoma: Meclozina 25-50 mg/dia na profilaxia ou 25-100 mg/dia para tratamento. Dividir dose em até 2x/dia.

    4. Tratamento adjuvante:
  • Canabinoides:
    • Nabilona: Iniciar com 0,5 mg VO 2x/dia. A dose pode ser aumentada gradualmente, conforme necessário, até um máximo de 2 mg 2x/dia;
    • Dronabinol: Iniciar com 2,5 mg VO 2x/dia. A dose pode ser aumentada conforme necessário, até um máximo de 20 mg/dia.
  • Sedação paliativa: Náuseas ou vômitos refratários com prescrição otimizada: Para mais informações, acesse Prescrição - Sedação Paliativa.
[cms-watermark]

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
  • Dipirona sódica gotas (500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
  • Dipirona sódica 500-1.000 mg VO até 4/4 horas;
  • Paracetamol gotas (200 mg/mL) 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
  • Paracetamol 500-750 mg VO até de 6/6 horas.
    2. Proteção gástrica: Escolha uma das opções:
  • Omeprazol (40 mg/10 mL) 20-40 mg VO/EV de 24/24 horas, pela manhã;
  • Pantoprazol sódico 20-40 mg VO de 24/24 horas, em jejum;
  • Pantoprazol sódico (40 mg/10 mL) 40 mg EV de 24/24 horas.

Tratamento Não Farmacológico

    Objetivo: Reduzir o estímulo à náusea do ambiente do paciente:
  1. Manter higiene oral.
  2. Reduzir odores intensos e prolongados (odor fétido de tumores necróticos, odor de comida, alimentos, aromas de cozinha, desodorantes/perfumes, purificadores de ar) ou cenários/imagens que possam estimular a náusea/vômito.
  3. Dieta: Reduzir alimentos gordurosos, condimentados, salgados. Dar preferência a bebidas frias, efervescentes, alimentos secos, de fácil digestão. Uso de gengibre. Refeições em pequena quantidade, leves, várias vezes ao dia e conforme tolerância e gosto do paciente (com as devidas adaptações). Estímulo gustativo ao invés da deglutição também pode ser uma opção. Uso gelo ou picolé pode auxiliar na tolerabilidade.
  4. Se obstrução intestinal ou estase gástrica, o uso de sonda nasogástrica pode ser uma decisão compartilhada (paciente-família-equipe) e momentânea para controle agudo de sintomas (com data para colocar e retirar). No contexto dos cuidados paliativos, a decisão do paciente se sobrepõe à indicação da sonda. Apresente alternativas a isso e diferentes estratégias.
  5. Orientar o uso de roupas folgadas para que não comprimam o abdome.
  6. Se paciente acamado, manter cabeceira elevada para evitar a broncoaspiração do vômito.
  7. Reduzir o estresse, tensão e preocupação principalmente durante as refeições.
  8. Considerar acupuntura , acupressão , abordagens comportamentais (ex.: relaxamento, distração).
  9. Manter ambiente ventilado conforme desejo e tolerância do paciente.

  10. Sempre que possível, tratar causa adjacente.

Dieta e Hidratação

    1. Dieta geral, conforme aceitação.
  • Considerar SNE, a depender da proporcionalidade do caso.
    2. Hidratação: SF 0,9% 20-30 mL/kg EV, em 24 horas.
  • Considerar reposição de potássio se hipocalemia.

Tratamento Farmacológico

A abordagem não farmacológica deve ser o foco inicial.

    1. Monoterapia: Escolha uma das opções: [cms-watermark]
  • Lorazepam (1 mg/comprimido ou 2 mg/comprimido) 0,5-1 mg VO, antes e durante o ciclo de QT; [cms-watermark]
  • Clonazepam (0,5 mg/comprimido) 0,25-0,5 mg VO/SL, antes e durante o ciclo de QT.

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
  • Dipirona sódica gotas (500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
  • Dipirona sódica 500-1.000 mg VO até 4/4 horas;
  • Paracetamol gotas (200 mg/mL) 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
  • Paracetamol 500-750 mg VO até de 6/6 horas.
    2. Proteção gástrica: Escolha uma das opções:
  • Omeprazol (40 mg/10 mL) 20-40 mg VO/EV de 24/24 horas, pela manhã;
  • Pantoprazol sódico 20-40 mg VO de 24/24 horas, em jejum;
  • Pantoprazol sódico (40 mg/10 mL) 40 mg EV de 24/24 horas.

Tratamento Não Farmacológico

    Foco inicial:
  1. Psicoterapia.
  2. Técnicas de relaxamento.
  3. Hipnose.
  4. Biofeedback.
  5. [cms-watermark]
    Adjuvantes: Reduzir o estímulo à náusea do ambiente do paciente:
  1. Manter higiene oral.
  2. Reduzir odores intensos e prolongados (odor fétido de tumores necróticos, odor de comida, alimentos, aromas de cozinha, desodorantes/perfumes, purificadores de ar) ou cenários/imagens que possam estimular a náusea/vômito.
  3. Dieta: Reduzir alimentos gordurosos, condimentados, salgados. Dar preferência a bebidas frias, efervescentes, alimentos secos, de fácil digestão. Uso de gengibre. Refeições em pequena quantidade, leves, várias vezes ao dia e conforme tolerância e gosto do paciente (com as devidas adaptações). Estímulo gustativo ao invés da deglutição também pode ser uma opção. Uso gelo ou picolé pode auxiliar na tolerabilidade.
  4. Se obstrução intestinal ou estase gástrica, o uso de sonda nasogástrica pode ser uma decisão compartilhada (paciente-família-equipe) e momentânea para controle agudo de sintomas (com data para colocar e retirar). No contexto dos cuidados paliativos, a decisão do paciente se sobrepõe à indicação da sonda. Apresente alternativas a isso e diferentes estratégias.
  5. Orientar o uso de roupas folgadas para que não comprimam o abdome.
  6. Se paciente acamado, manter cabeceira elevada para evitar a broncoaspiração do vômito.
  7. Reduzir o estresse, a tensão e a preocupação principalmente durante as refeições.
  8. Considerar acupuntura , acupressão , abordagens comportamentais (ex.: relaxamento, distração).
  9. Manter ambiente ventilado conforme desejo e tolerância do paciente.

  10. Considerar suspensão ou mudança do tratamento medicamentoso proposto.