Determinação de metas específicas →
Ex.: reduzir o consumo de refrigerante nas próximas 2 semanas;
Medidas de automonitoramento →
Dispositivos eletrônicos que informam gasto energético e quantidade de passos diários, diário alimentar, pesagem frequente (ex.: 1 vez a cada 15 dias);
Controle de estímulos →
Avaliar com os pacientes possíveis gatilhos externos e formas de modificá-los (ex.: planejar as refeições com antecedência para evitar a escolha de alimentos quando estiver com fome).
Recomendações:
Avaliar a possibilidade de tratamento farmacológico:
Deve ser indicado se o IMC estiver acima de 30 kg/m² ou superior a 27 kg/m² e associado a comorbidades (ex.: dislipidemia, síndrome dos ovários policísticos, diabetes mellitus tipo 2):
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Considerando-se que a obesidade é uma doença crônica, é preciso atentar ao tratamento, que deve ser contínuo, e muitas vezes a medicação não poderá ser descontinuada;
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Seguimento:
Após o início do tratamento medicamentoso, o paciente deve ser avaliado a cada 4-6 semanas para monitorização da perda ponderal e da pressão arterial/frequência cardíaca e para questionamento sobre os efeitos colaterais da medicação utilizada.
Avaliar tratamento cirúrgico:
Pacientes refratários com obesidade grau II (IMC ≥ 35 kg/m²) associada a comorbidades cardiovasculares ou obesidade grau III (IMC ≥ 40 kg/m²);
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Sucesso no tratamento da obesidade:
H
abilidade de alcançar e manter uma perda de peso clinicamente útil, que resulte em efeitos benéficos sobre as doenças associadas (ex.: diabetes mellitus tipo 2
, hipertensão arterial
, dislipidemia
):
Perda de peso de 5% mantida é um critério mínimo de sucesso, pois leva à melhora das doenças associadas;
As metas de perda de peso devem ser realistas, mas significativas. A meta inicial de 5-10% de perda
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do peso inicial em 6 meses é factível e clinicamente significativa.
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Tratamento Farmacológico
1.
Medicamentos antiobesidade:
Escolha uma das opções:
Orlistate
(120 mg/comprimido) 120 mg VO 3x/dia 20 minutos antes ou durante as principais refeições;
Sibutramina
(10 mg/comprimido, 15 mg/comprimido) 10-15 mg VO de 24/24 horas;
Liraglutida
(6 mg/mL – sistema de aplicação com 3 mL) iniciar com 0,6 mg SC de 24/24 horas por 7 dias. Progredir a dose em 0,6 mg a cada 7 dias até chegar à dose de manutenção de 3 mg a partir da 5ª semana;
Semaglutida
0,68 mg/mL, 1,34 mg/mL, 2,27 mg/mL e 3,2 mg/mL. - Dose inicial de 0,25 mg SC 1x/semana por 4 semanas. A partir do 1º mês, tentar aumentar a dose a cada 4 semanas (ex.: 0,5 mg 1x/semana por 4 semanas, 1,0 mg 1x/semana por 4 semanas; 1,7 mg 1x/semana por 4 semanas, até 2,4 mg 1x/semana) até chegar na dose máxima de 2,4 mg SC 1x/semana. A dose de manutenção do tratamento é a de 2,4 mg SC 1x/semana;
Tirzepatida
Doses de 2,5 mg, 5 mg, 7,5 mg; 10 mg; 12,5 mg e 15 mg - canetas com 0,5 mL - Iniciar com 2,5 mg SC 1x por semana por 4 semanas. Incrementos de doses a cada 2,5 mg/mês, com a dose máxima de 15 mg/semana;
Bupropiona + naltrexona
(8/90 mg/comprimido) Iniciar com 1 comprimido pela manhã e, nas semanas seguintes, aumentar a dose para 1 comprimido de 12/12 horas; 2 comprimidos pela manhã e 1 comprimido à noite; 2 comprimidos de 12/12 horas.
Tratamento Não Farmacológico
Mudanças de estilo de vida (MEVs) são o pilar do tratamento da obesidade e incluem:
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Aconselhamento dietético com restrição calórica.
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Exercício físico:
Exercícios resistidos têm importante papel
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na preservação da massa muscular e na manutenção da taxa metabólica basal.
Mudanças comportamentais por meio de psicoterapia
(com destaque para a técnica cognitivo-comportamental) em casos de distúrbios alimentares ou outros transtornos mentais associados.