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Porfiria Cutânea Tarda

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Prescrição Ambulatorial

Orientações ao Prescritor

  • Tratamento inclui associar medidas direcionadas para controle da porfiria, suspender fatores desencadeantes e evitar a exposição solar;
  • É considerada sobrecarga significativa de ferro quando há ferritina > 600 nanogramas/dL ou saturação de transferrina > 50% em mulheres ou > 60% em homens ou mulheres pós-menopausa;
  • Para todos os pacientes são indicadas medidas de fotoproteção e eliminação dos fatores desencadeantes;
  • Hidroxicloroquina:
    • Hidroxicloroquina em doses baixas é geralmente a escolha se ausência de sobrecarga de ferro e de mutação HFE, mas pode ser feita em caso de mutação também;
    • Deve ser feita em baixas doses semanais para evitar toxicidade hepática aguda e fotossensibilidade exacerbada em doses maiores regulares;
    • Hidroxicloroquina deve ser monitorizada pela toxicidade retiniana (exame oftalmológico anual regular) e com dosagem da função hepática;
    • Acompanhar o tratamento com a dosagem de porfirinas urinária e/ou séricas e suspender o tratamento quando houver normalização;
    • Manifestações cutâneas podem levar 4-6 meses para resolver e níveis de porfirina, 12 meses;
    • Hidroxicloroquina é contraindicada na gravidez, hepatopatia, doença retiniana, uso concomitante de outra droga hepatotóxica ou pacientes que fazem hemodiálise.
  • Em caso de contraindicação à Hidroxicloroquina ou se não tiver resposta ao tratamento, pode-se tentar flebotomia;
  • Flebotomia:
    • Tratamento com flebotomias deve ser monitorizado com ferritina e hematócrito. Alvo do tratamento é ferritina próxima a 20-25 nanogramas/dL, quando se suspende o tratamento;
    • Contraindicado em casos de doença pulmonar, renal crônica ou coronariana, anemia, deficiência proteica grave, doença hemorrágica.
  • Quando há resistência a tudo, Hidroxicloroquina em dose baixa e flebotomias podem ser associadas, tendo em geral resposta mais rápida;
  • Quelantes de ferro como Desferroxamina podem ser indicados quando há contraindicações às flebotomias e à Hidroxicloroquina;
  • Eritropoetina pode ser indicada em casos de falência renal em que a Hidroxicloroquina em baixa dose e a flebotomia estão contraindicadas.

Tratamento Farmacológico

    Esquema A: Terapia de primeira linha:
  • Hidroxicloroquina (manipulado) (400 mg/cp) 100-200 mg VO 2x/semana até remissão completa e normalização das porfirinas (pode levar 6-12 meses);
  • Cloroquina (geralmente disponível no SUS) (250 mg/comprimido) 125-250 mg (1/2 ou 1 comprimido) VO 2x/semana até normalização das porfirinas:
    • 2ª opção pela maior toxicidade retiniana que a Hidroxicloroquina.

Esquema B: Em caso de contraindicação à Hidroxicloroquina e à flebotomia: Desferroxamina (500 mg pó liofilizado) 20-60 mg/kg SC ou IM 1x/dia até normalização das porfirinas.


Esquema C: Em caso de falência renal (Hidroxicloroquina e flebotomia contraindicadas): Eritropoetina (1.000, 2.000, 3.000, 4.000 ou 10.000 unidades pó liofilizado) 75-300 unidades/kg EV 1x/semana (dose de acordo com níveis de hemoglobina: manter em 10-12 g/dL) até normalização das porfirinas.

Tratamento Não Farmacológico

    Flebotomias:
  • Flebotomias de aproximadamente 450- 500 mL a cada 2 semanas (pode levar 3-6 meses);
  • 2ª linha na porfiria cutânea tarda tipo I e sem sobrecarga de ferro;
  • Preferidas à Hidroxicloroquina, em casos de mutação do gene HFE;
  • Monitoramento de ferritina e hemograma periodicamente, com alvo de ferritina de 20-25 nanogramas/dL quando se suspende o tratamento.
    Medidas de fotoproteção:
  • Evitar exposição solar (radiação UV e luz visível);
  • Usar fotoprotetores de amplo espectro, de preferência com dióxido de titânio e óxido de zinco;
  • Usar roupas com tecido UV, como camisas, calças, chapéus.
    Eliminação de fatores desencadeantes:
  • Suspensão do tabagismo e etilismo;
  • Tratamento da hepatite C com medicamentos eficazes;
  • Suspensão de anticoncepcional e reposição de estrogênio;
  • Suspensão da reposição de ferro.

Orientações ao Prescritor

  • Tratamento inclui associar medidas direcionadas para controle da porfiria, suspender fatores desencadeantes e evitar a exposição solar;
  • É considerada sobrecarga significativa de ferro quando há ferritina > 600 nanogramas/dL ou saturação de transferrina > 50% em mulheres ou > 60% em homens ou mulheres pós-menopausa;
  • Para todos os pacientes, são indicadas medidas de fotoproteção e eliminação dos fatores desencadeantes;
  • Flebotomias são consideradas primeira escolha:
    • Monitoramento com ferritina e hematócrito;
    • Alvo do tratamento é ferritina próxima a 20-25 nanogramas/dL, quando se suspende o tratamento;
    • Cuidado para não induzir anemia ou Hb < 10 mg/mL;
    • Manifestações cutâneas podem levar 4 meses para resolver, mas níveis de porfirina podem levar 12 meses;
    • Monitorar níveis de ferritina que podem indicar recidiva da doença mesmo antes do aumento das porfirinas;
    • Contraindicado em casos de doença pulmonar ou coronariana, anemia, deficiência proteica grave, doença hemorrágica.
  • Em casos de contraindicação à flebotomia podem ser indicados quelantes de ferro como a Desferroxamina. Mas é alternativa cara e que não normaliza as porfirinas em 12 meses.

Tratamento Farmacológico

Esquema A: Em caso de contraindicação à flebotomia: Desferroxamina (500 mg pó liofilizado) 20-60 mg/kg SC ou IM 1x/dia até normalização das porfirinas.

Tratamento Não Farmacológico

    Flebotomias (tratamento de 1ª linha):
  • Flebotomias de aproximadamente 450-500 mL a cada 2 semanas ou 300 mL a cada 7 dias.
    Medidas de fotoproteção:
  • Evitar exposição solar (radiação UV e luz visível);
  • Usar fotoprotetores de amplo espectro, de preferência com dióxido de titânio e óxido de zinco;
  • Usar roupas com tecido UV, como camisas, calças, chapéus.
    Eliminação de fatores desencadeantes:
  • Suspensão do tabagismo e etilismo;
  • Tratamento da hepatite C com medicamentos eficazes;
  • Suspensão de anticoncepcional e reposição de estrogênio;
  • Suspensão da reposição de ferro.