Atenção primária:
Estabelecer vínculo com o paciente, colocando-se ao seu lado para apoio e enfrentamento do problema e sua compreensão, através de educação provida pelo médico;
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Evitar desencadeantes, como cafeína ou drogas;
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Abordar possível ideação suicida;
Traçar plano terapêutico em conjunto com o paciente.
Quais as condutas para um paciente com ataque de pânico na UBS? Para mais informações sobre esse tema, acesse o vídeo:
Casos leves a moderados podem escolher entre psicoterapia e medicação ou até a combinação das duas estratégias. Contudo, recomenda-se a terapia combinada nos casos graves, mas a adoção da combinação das duas estratégias pode ser feita e parece se associar à melhor resposta. As medicações escolhidas podem variar na presença de comorbidades;
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Dentro das psicoterapias
, a técnica cognitivo-comportamental (TCC) ganha importante destaque como primeira opção, mas outras podem ser avaliadas para sua aplicação de forma conjunta ou alternativa na indisponibilidade da TCC:
mindfulness
, terapia de aceitação e compromisso, terapia psicodinâmica breve, terapia de família e terapias em grupo;
Dentre as possibilidades farmacológicas, a primeira opção deve ser feita pela classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Após iniciadas, as medicações levam de 15-30 dias para demonstrar eficácia (na dose terapêutica mínima) e devem ser iniciadas em baixas doses, com progressão gradual;
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Dentre os inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina, a
V
enlafaxina
se destaca, também sendo considerada uma opção de primeira linha;
Deve ser evitado o uso de
benzodiazepínicos
em monoterapia. Estes fármacos são eficazes para reduzir a frequência, a evitação e a ansiedade antecipatória. Seu uso pode ser concomitante ao uso de outra droga ou em monoterapia, porém esta não é considerada de primeira linha, devido ao potencial de abuso/dependência e perfil de efeitos colaterais da classe;
Não há consenso de quando deve ser interrompida a medicação, mas estudos apontam as vantagens de se manter o tratamento por cerca de 12 meses após o controle das crises. Dada a cronicidade e taxa de recorrência da doença, não são raros tratamentos mais prolongados;
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A retirada dos ISRS e ISRSN deve ser lenta e gradual.
Tratamento Não Farmacológico
Psicoeducação.
Medidas comportamentais:
Recomenda-se a prática de atividade física estruturada.
Psicoterapias:
Destaque para a terapia cognitivo-comportamental (TCC).
Tratamento Farmacológico
1.
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) ou inibidor seletivo da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN):
Escolha uma das opções:
Paroxetina
1
0 mg/dia VO na primeira semana. Progredir dose conforme resposta até a remissão dos sintomas e com tolerância do paciente, sendo a dose máxima de 60 mg/dia;
Sertralina
25 mg/dia VO na primeira semana. Progredir dose conforme resposta até a remissão dos sintomas e com tolerância do paciente, sendo a dose máxima de 200 mg/dia;
Citalopram
10 mg/dia VO na primeira semana. Progredir dose conforme resposta até a remissão dos sintomas e com tolerância do paciente, sendo a dose máxima de 40 mg/dia;
Escitalopram
5
mg/dia VO na primeira semana. Progredir dose conforme resposta até a remissão dos sintomas e com tolerância do paciente, sendo a dose máxima de 20 mg/dia;
Fluoxetina
5
mg/dia VO na primeira semana. Progredir dose conforme resposta até a remissão dos sintomas e com tolerância do paciente, sendo a dose máxima de 60 mg/dia;
Venlafaxina
37,5
mg/dia VO na primeira semana. Progredir dose conforme resposta até a remissão dos sintomas e com tolerância do paciente, sendo a dose máxima de 225 mg/dia.