Se houver sinais de acometimento sistêmico, encaminhar imediatamente para emergência/ligar para Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) e tratar como Anafilaxia;
Manter o tratamento com anti-histamínicos, preferencialmente de segunda geração, até resolução dos sintomas;
Se refratariedade, aumentar a dose do anti-histamínico (até 4 vezes a dose habitual) e avaliar associar corticoide por curto período ( Prednisolona );
Nos casos de urticária crônica, avaliar associação do anticorpo monoclonal anti-IgE (Omalizumabe). Ajustar dose e tempo de tratamento juntamente com especialista (dose depende dos níveis séricos de IgE).
Embora, neste tópico, os anti-histamínicos estejam ordenados por geração, dá-se preferência, na maioria das vezes, aos anti-histamínicos H1 de segunda geração mais recentes aos agentes mais antigos de primeira geração. Os medicamentos mais recentes são igualmente eficazes e minimamente sedativos, com menos efeitos adversos anticolinérgicos e dosagem mais conveniente. Os anti-histamínicos H1 de segunda geração são recomendados como terapia de primeira linha por diretrizes publicadas por painéis de especialistas, tanto em alergia quanto dermatologia.
2.
Prednisolona solução ou gotas
(3 mg/mL) 1-2 mg/kg/dia VO de 24/24 horas, por 3-7 dias.
1. Se alergia alimentar, prescrever dieta com exclusão do alérgeno.
Preferência aos anti-histamínicos de gerações mais recentes, evitar os de primeira geração.
Se paciente com urticária e sinais de acometimento sistêmico, tratar como anafilaxia. Para mais informações sobre o tratamento, acesse Anafilaxia.
Autoria principal: Ana Carolina Pomodoro (Pediatria pela UFF e SBP).
Revisão:
Fabiana Barreto Goulart Déléage (Pediatria pela SMS/RJ e Medicina de Adolescentes pela UERJ).
Purohit A, Melac M, Pauli G, et al. Comparative activity of cetirizine and desloratadine on histamine-induced wheal-and-flare responses during 24 hours. Ann Allergy Asthma Immunol. 2004; 92(6):635-40.
Antia C, Baquerizo K, Korman A, et al. Urticaria: A comprehensive review: Epidemiology, diagnosis, and work-up. J Am Acad Dermatol. 2018; 79(4):599-614.
Ensina LF, Valle SOR, Campos RA, et al. Guia prático da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia para o diagnóstico e tratamento das urticárias baseado em diretrizes internacionais. Arq Asma Alerg Imunol. 2019; 3(4):382-92.
Kliegman MR, Stanton B, St. Geme J, et al. Nelson Textbook of Pediatrics. 20th ed. Philadelphia: Elsevier; 2016.
Kudryavtseva AV, Neskorodova KA, Staubach P. Urticaria in children and adolescents: An updated review of the pathogenesis and management. Pediatr Allergy Immunol. 2019; 30(1):17-24.
Lopez FA, Junior DC. Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de Pediatria. 3 ed. Barueri: Manole; 2014.
Pier J, Bingemann TA. Urticaria, Angioedema, and Anaphylaxis. J Pediatrics in Review June. 2020; 41(6):283-92.
Grattan CE, Humphreys F, British Association of Dermatologists Therapy Guidelines and Audit Subcommittee. Guidelines for evaluation and management of urticaria in adults and children. Br J Dermatol. 2007; 157:1116.
Zuberbier T, Latiff AHA, Abuzakouk M, et al. The international EAACI/GA²LEN/EuroGuiDerm/APAAACI guideline for the definition, classification, diagnosis, and management of urticaria. Allergy. 2022; 77(3):734-66.