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Varicela no Adulto

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Prescrição Ambulatorial

Orientações ao Prescritor

  • Todo quadro de varicela em adultos deve ser tratado com antiviral, além dos sintomáticos;
  • A maior efetividade ocorre quando iniciado nas primeiras 24 horas da doença e idealmente até 72 horas após;
  • Para adultos imunodeficientes e com quadro grave, consultar prescrição “Hospitalar”.

Tratamento Farmacológico

    1. Antiviral: Escolha uma das opções:
  • Aciclovir (geralmente disponível no SUS) [cms-watermark] (200 ou 400 mg/cp) 800 mg VO de 4/4 horas 5x/dia, pulando a dose da noite, por 7 dias;
  • Valaciclovir (500 mg/cp) 1 g VO de 8/8 horas, por 7 dias;
  • Fanciclovir (500 mg/cp) 500 mg VO de 8/8 horas, por 7 dias.

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Anti-histamínicos : Escolha uma das opções:
  • Hidroxizina 25 mg VO até de 8/8 horas, por 3-5 dias; [cms-watermark]
  • Fexofenadina 180 mg VO de 24/24 horas, por 5 dias;
  • Loratadina (geralmente disponível no SUS) 10 mg VO de 24/24 horas, por 5 dias. [cms-watermark]
    2. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
  • Dipirona (geralmente disponível no SUS) (500 mg/cp) 1 g VO até de 4/4 horas; [cms-watermark]
  • Paracetamol (geralmente disponível no SUS) 750 mg VO até de 8/8 horas. [cms-watermark]

Profilaxia

    Medidas de prevenção e controle:
  • Lavar as mãos após tocar nas lesões;
  • Isolamento: Adultos com varicela não complicada só devem retornar às atividades após todas as lesões terem evoluído para crostas. Adultos imunodeprimidos ou que apresentam curso clínico prolongado só deverão retornar às atividades após o término da erupção vesicular. Cuidado especial com o contato com gestante ou crianças antes da idade de vacinação. Pacientes internados devem permanecer em isolamento de contato e respiratório até a fase de crosta;
  • Desinfecção: Objetos contaminados com secreções nasofaríngeas ou com as lesões de pele;
  • Imunoprofilaxia em surtos de ambiente hospitalar.
    Esquema vacinal:
  • A vacina para VVZ está licenciada no Brasil na apresentação monovalente ou tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), em doses de 0,5 mL de aplicação intramuscular;
  • Aos 15 meses de vida: Vacina tetraviral (ou tríplice viral e varicela separadas);
  • Aos 4 anos de vida: Segunda dose da varicela monovalente;
  • Povos indígenas a partir dos 7 anos de idade não vacinados ou sem comprovação vacinal: Administrar 1 ou 2 doses de vacina varicela (vírus vivo atenuado), a depender do laboratório produtor;
  • Profissionais de saúde não vacinados e que trabalham na área assistencial, especialmente em contato com pessoas imunodeprimidas, e os da área de pediatria: D evem receber 1 ou 2 doses de vacina varicela (vírus vivo atenuado), a depender do laboratório produtor;
  • Adultos e adolescentes que não foram vacinados na infância e não tiveram varicela: Duas doses com intervalo de 4-8 semanas entre as doses;
  • Imunidade vacinal é desconhecida, mas parece manter proteção após 10 anos da vacinação.
    Situações especiais nas quais a vacina está indicada:
  • Pessoas imunocompetentes de grupos especiais de risco (profissionais de saúde, cuidadores e familiares) suscetíveis à doença, que estejam em convívio familiar domiciliar ou hospitalar com pacientes com comprometimento imunológico;
  • Lactantes podem receber a vacina, pois, até o momento, não existem evidências de transmissão do vírus vacinal via aleitamento materno;
  • Crianças > 1 ano de idade imunocompetentes e suscetíveis à doença, no momento da internação, em que haja caso de varicela;
  • Candidatos a transplante de órgãos, suscetíveis a doenças, pelo menos 3 semanas antes do procedimento, desde que não apresentem comprometimento imunológico;
  • Pessoas com nefropatias crônicas ou síndrome nefrótica;
  • Doadores de órgãos sólidos e de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea);
  • Receptores de transplante e de células-tronco hematopoiéticas: Para pacientes transplantados há ≥ 24 meses, sendo contraindicada quando houver doença enxerto versus hospedeiro;
  • Crianças e adolescentes infectados pelo HIV suscetíveis à varicela nas categorias clínicas (CDC) N, A e B com CD4 > 200 células/mm 3 (15%). Recomenda-se a vacinação de crianças expostas, mesmo já excluída a hipótese de infecção pelo HIV, para prevenir a transmissão da varicela em contato domiciliar com pessoas que apresentam comprometimento imunológico;
  • Pacientes com deficiência isolada de imunidade humoral (com imunidade celular preservada);
  • Doenças dermatológicas graves, tais como: ictiose, epidermólise bolhosa, psoríase, dermatite atópica grave e outras assemelhadas;
  • Uso crônico de Ácido acetilsalicílico (suspender uso por 6 semanas após a vacinação);
  • Asplenia anatômica e funcional e doenças relacionadas;
  • Trissomias;
  • Pessoas em uso de corticoides em baixas doses (menor que 2 mg/kg/dia ou até 20 mg/dia de Prednisona ou equivalente). O uso por via inalatória, tópica ou intra-articular não contraindica a administração da vacina.
    Contraindicações da vacina:
  • Pacientes com comprometimento imunológico (exceto nos casos listados acima);
  • Durante o período de 3 meses após a suspensão de terapia imunossupressora;
  • Gestação (mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez durante 1 mês após a vacinação);
  • Reação de anafilaxia a dose anterior da vacina ou a algum de seus componentes;
  • Administração recente de sangue, plasma ou imunoglobulina (aguardar 3 meses para receber a vacina).

Profilaxia Pós-Exposição

Vacina varicela: Até 5 dias após o contato, preferencialmente nas primeiras 72 horas.

    Imunoglobulina humana antivaricela (IGHAV): A IGHAV é obtida de plasma humano contendo títulos altos de IgG contra o vírus da varicela. As apresentações contêm 125 unidades/frasco. A IGHAV não tem qualquer indicação terapêutica. Seu uso tem finalidade exclusivamente profilática.
  • Esquema: 125 unidades/10 kg de peso; dose máxima de 625 unidades, idealmente até 96 horas após a exposição, mas podendo chegar a 10 dias. Se nova exposição após 3 semanas da imunoglobulina, fazer nova dose;
  • A utilização da IGHAV depende do atendimento de três condições: condição especial de risco, suscetibilidade e contato significativo;
  • Condição especial de risco para varicela grave:
    • Crianças ou adultos imunodeprimidos;
    • Crianças < 1 ano de idade em contato hospitalar com VVZ;
    • Gestantes sem história prévia de varicela;
    • Recém-nascidos de mães nas quais o início da varicela ocorreu nos 5 últimos dias de gestação ou até 48 horas depois do parto ou ainda 7 dias antes ou depois do parto;
    • Recém-nascidos prematuros, ≥ 28 semanas de gestação, cuja mãe nunca teve varicela;
    • Recém-nascidos prematuros, ≤ 28 semanas de gestação (ou < 1.000 gramas ao nascer), independentemente de história materna de varicela.
  • Suscetibilidade do comunicante:
    • Pessoas imunocompetentes e com comprometimento imunológico sem história bem definida da doença e/ou de vacinação anterior;
    • Pessoas com imunodepressão celular grave, independentemente de história anterior de varicela.
  • Contato significativo com VVZ:
    • Contato domiciliar contínuo (permanência junto com o doente durante, pelo menos 1 hora em ambiente fechado);
    • Contato hospitalar (pessoas internadas no mesmo quarto do doente ou que tenham mantido com ele contato direto prolongado, de pelo menos 1 hora).

Prescrição Hospitalar

Orientações ao Prescritor

  • Para indivíduos imunodeficientes ou com quadro grave ou ainda em caso de gestante com varicela e mais de 36 semanas de gestação;
  • Medidas de prevenção e controle:
    • Lavar as mãos após tocar nas lesões;
    • Isolamento: Adultos com varicela não complicada só devem retornar às atividades após todas as lesões terem evoluído para crostas. Adultos imunodeprimidos ou que apresentam curso clínico prolongado só deverão retornar às atividades após o término da erupção vesicular. Pacientes internados devem ficar em isolamento de contato e respiratório até a fase de crosta;
    • Desinfecção: Objetos contaminados com secreções nasofaríngeas ou com as lesões de pele;
    • Imunoprofilaxia em surtos de ambiente hospitalar.

Dieta e Hidratação [cms-watermark]

  1. Dieta oral livre. [cms-watermark]
  2. Hidratação venosa conforme parâmetros hemodinâmicos. [cms-watermark]

Tratamento Farmacológico

1. Aciclovir (250 mg/ampola) 10-15 mg/kg EV de 8/8 horas, por 7-10 dias.

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Anti-histamínicos : Escolha uma das opções:
  • Hidroxizina 25 mg VO até de 8/8 horas, por 3-5 dias;
  • Fexofenadina 180 mg VO de 24/24 horas, por 5 dias;
  • Loratadina (geralmente disponível no SUS) 10 mg VO de 24/24 horas, por 5 dias.
    2. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
  • Dipirona (geralmente disponível no SUS) (500 mg/cp) 1 g VO até de 4/4 horas; [cms-watermark]
  • Paracetamol (geralmente disponível no SUS) 750 mg VO até de 8/8 horas.