Orientações ao Prescritor
Recomendações:
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Não há cura para o xeroderma pigmentoso;
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Proteção contra os raios ultravioleta pode diminuir substancialmente o risco de câncer de pele, melhorar o curso da doença e aumentar a expectativa de vida, embora não reduza a chance de sequelas neurodegenerativas;
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Devido à baixa exposição recomendada aos raios ultravioleta, muitos pacientes precisam de suplementação com vitamina D. Além disso, é recomendado o consumo de alimentos ricos em vitamina D, como ovos, peixes e cogumelos;
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Terapias genéticas e antioxidantes estão em investigação para reduzir o dano oxidativo e podem indicar futuras opções de tratamento.
Orientações para tratamento:
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Poiquilodermia:
Citado em "Tratamento Não Farmacológico";
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Quimioprevenção para o câncer de pele:
Citado em "Tratamento Farmacológico".
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Pode ser realizado com retinoide oral (Isotretinoína) e Nicotinamida (ainda não testada no xeroderma pigmentoso, mas demonstrou diminuir a incidência de câncer de pele não melanoma e ceratoses actínicas, podendo melhorar os danos causados pelo defeito no reparo do DNA, sendo uma terapia potencial;
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Outras opções incluem Imiquimode e/ou 5- Fluorouracila, recomendadas para prevenção do câncer de pele a partir dos primeiros sintomas, como xerose, despigmentação, ceratose actínica ou câncer de pele. Não há posologia específica recomendada para o xeroderma pigmentoso.
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Câncer de pele:
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Exérese precoce de lesões malignas
é recomendada, preferencialmente com cirurgia micrográfica de Mohs para câncer de pele não melanoma, e exérese local ampla com biópsia de linfonodo sentinela em casos de suspeita de melanoma;
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Radioterapia
deve ser evitada. Em casos graves, existem estudos sobre o uso de Pembrolizumabe (anticorpo anti-PD1), Nivolumabe (inibidor de PD1) e Cemiplimabe (inibidor de PD1);
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Lesões pré-malignas:
Como ceratose actínica.
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Alterações neurológicas:
Citado em "Tratamento Não Farmacológico":
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Devem ser acompanhadas por um neurologista e um otorrinolaringologista. Infelizmente, essas alterações não diminuem com a proteção solar, e até o momento não existe tratamento efetivo para as sequelas neurodegenerativas.
Potenciais terapias em investigação:
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Loção lipossomal de endonuclease-V T4:
Mostra-se altamente eficaz em fornecer uma ratificação temporária do defeito de reparo do DNA na pele, reduzindo a incidência de lesões pré-malignas e malignas;
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Polypodium
leucotomos
:
Ainda sem estudos específicos para xeroderma pigmentoso, mas é conhecido por suas prioridades quimioprotetoras antioxidantes, anti-inflamatórias e imunomoduladoras, podendo ter efeito protetor na doença;
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Coenzima Q:
Pacientes com xeroderma pigmentoso apresentam níveis sanguíneos reduzidos desta coenzima
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, que também diminui com a idade;
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Sulfonilureia (glimepirida)
:
Pode aumentar o reparo por excisão de nucleotídeos;
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Interferon alfaintralesional:
Pode ser útil para o tratamento de melanoma e carcinoma espinocelular;
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Vismodegib oral:
Ainda sem estudos específicos para xeroderma pigmentoso, mas pode ser uma opção de tratamento para carcinoma basocelular avançado ou metastático, ou para pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia. É teratogênico;
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Terapia genética:
Uso de vetores retrovirais ou adenovirais para transferir genes de DNA funcionais para queratinócitos e fibroblastos da pele.
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Cuidados no uso da Isotretinoína:
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A Isotretinoína pode causar xerostomia, xeroftalmia, xerose cutânea, elevação de enzimas hepáticas, aumento dos níveis de triglicerídeos, mialgia, fotossensibilidade e teratogenicidade, entre outros efeitos adversos.
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Tratamento Farmacológico
Escolha um dos esquemas ou combine-os conforme a necessidade clínica e as orientações ao prescritor.
Esquema A: Reposição de vitamina D:
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Vitamina D
(50.000 unidades/comprimido): 1 comprimido VO 1x/mês, de uso contínuo.
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Esquema B: Quimioprevenção para o câncer de pele (tentativa de reduzir a incidência de câncer de pele não melanoma):
Escolha uma das opções:
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Isotretinoína
(10 ou 20 mg/comprimido): 2 mg/kg/dia VO 1x/dia, de uso contínuo:
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Preferir em casos graves, e já com grande número de cânceres de pele surgindo.
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Nicotinamida
(500 mg/comprimido): 1 comprimido VO 2x/dia por pelo menos 1 ano, ou uso contínuo:
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Embora ainda não tenha sido testada em pacientes com xeroderma pigmentoso, é considerada uma terapia potencial devido aos poucos efeitos adversos.
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Tratamento Não Farmacológico
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Tratamento de poiquilodermia:
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Peeling
químico com ácido tricloroacético,
laser
CO
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ou Erbium-YAG, ou dermoabrasão.
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Alterações neurológicas:
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Reabilitação física (fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional): Visa manter as funções neurológicas pelo maior tempo possível;
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Perda auditiva: Em caso de perda auditiva, o uso de aparelhos auditivos pode ser necessário;
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Restrição calórica: Pode ajudar a atenuar o declínio neurológico.
Orientações ao Paciente
Recomendações para proteção agressiva contra os raios ultravioleta:
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Evitar ao máximo a exposição ao sol, evitando sair de casa durante o dia;
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Usar protetor solar de amplo espectro da cabeça aos pés, com reaplicação de 2/2 horas;
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Usar protetor solar labial;
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Usar roupas de proteção contra raios ultravioleta com manga longa, calças compridas, chapéu, óculos escuros com proteção ultravioleta e cobertura lateral;
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Instalar telas de proteção contra raios ultravioleta nas janelas da casa, do carro e da escola;
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Evitar exposição à luz fluorescente, de haleto de metal e halógena, pois também podem emitir raios ultravioleta.