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Qualquer ocorrência clínica indesejável em indivíduo após a vacinação, sem necessidade de relação causal com uso de vacina, imunoglobulinas ou soro heterólogo. Inclui qualquer situação indesejável ou não intencional como alteração laboratorial, sintoma ou doença.
Ao levarmos em consideração a natureza e as características dos imunobiológicos, há alguns eventos adversos que são esperados. Os mais comuns são febre, dor e edema local. No entanto, há também efeitos mais graves, como convulsões febris, episódio hipotônico-hiporresponsivo, choque anafilático, entre outros.
As vacinas virais vivas possuem excelente imunogenicidade, mas têm potencial de causar eventos adversos graves em pessoas com imunodeficiência grave.
Já as vacinas não vivas podem ser imunógenos potentes, mas o excesso de doses é capaz de gerar eventos adversos ligados à hiperimunidade.
É importante ressaltarmos dois tipos de eventos adversos.
Podem ser divididos em eventos graves e não graves .
Evento não grave: Qualquer evento que não preencha os critérios de gravidade.
Eventos relevantes clinicamente que não exijam internação, como convulsões febris, discrasias sanguíneas e crise convulsiva febril, devem ser acompanhados e investigados pelo potencial de gravidade.
Não se deve cobrir a úlcera ou colocar qualquer tipo de medicamento.
Diante de manifestações locais de dor, rubor ou enduração muito intensas ou "surtos" ocorridos no 1º dia da vacinação, notificar e investigar. Fazer tratamento sintomático.
Manifestações locais: As reações locais (vermelhidão, calor, endurecimento e edema, acompanhados ou não de dor, pouco intensos e restritos ao local da aplicação) são muito frequentes.
Manifestações no local de aplicação (dor, vermelhidão, vesículas, lesão maculopapular ou maculovesicular): Observar.
Cefaleia, vômitos e diarreia: Observação ou tratamento medicamentoso.
Autoria principal: Ana Carolina Pomodoro (Pediatria pela UFF e SBP).
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. 4a ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Vigilância dos eventos adversos pós-vacinação: cartilha para trabalhadores de sala de vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2003.